Polícia

Estudo aponta ES entre os estados com maior queda de homicídios de jovens e negros em 10 anos

Segundo o Atlas da Violência 2018, entre 2006 e 2016 a redução do assassinato de jovens foi de 28,3% e de negros, 23,8%

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
Redução na taxa de homicídios contra jovens e negros no Espírito Santo ficou entre as maiores do país, segundo o Altas da Violência

O Espírito Santo está entre os estados brasileiros que apresentaram a maior redução, em dez anos, da taxa de homicídios contra jovens e negros, principais vítimas das mortes violentas ocorridas no Brasil na última década. A constatação é do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado nesta terça-feira (05).

De acordo com o levantamento, a redução da taxa de homicídios contra jovens de 15 a 29 anos no Espírito Santo foi de 28,3% entre 2006 e 2016, menor apenas do que a variação apontada em São Paulo, que foi de 51,6% no mesmo período. Entre 2015 e 2016, a queda desse índice no Espírito Santo foi de 14,6%.

O Estado também registrou queda na taxa de homicídios contra jovens do sexo masculino, que representarem 94,6% das vítimas com idade entre 15 e 29 anos. De acordo com o Atlas da Violência, a redução foi de 26,4% em dez anos e de 13,4% de 2015 para 2016.

Negros

O estudo apontou ainda que o Espírito Santo está entre os três estados brasileiros com as maiores quedas nas taxas de homicídio de negros entre os anos 2006 e 2016. Nesse período, a redução apresentada em território capixaba foi de 23,8%, menor apenas do que as identificadas em São Paulo (47,7%) e Rio de Janeiro (27,7%).

Já a redução da taxa de assassinato contra cidadãos não negros foi ainda maior no período: 48,2%. O índice deixou o Espírito Santo entre os sete estados brasileiros que registraram taxas de homicídios entre não negros de apenas um dígito: 9,3 para cada 100 mil habitantes.

Já os índices de redução de homicídios de negros e não negros no Espírito Santo, apontados entre 2015 e 2016, foram praticamente os mesmos: 17,5% e 17,3%, respectivamente.

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