Polícia

Homem que levava vida de luxo é preso em Vitória por vender carros com documentos falsos

Carlos Eduardo Alves dos Santos é suspeito de integrar uma organização criminosa, que já tem outros quatro membros na cadeia

Segundo a polícia, com o dinheiro dos golpes, Dudu Boca conseguia ostentar uma vida de luxo | Foto: Reprodução/Facebook

A polícia prendeu mais um suspeito de integrar uma organização criminosa que comercializava carros com documentos fraudados no Espírito Santo. Carlos Eduardo Alves dos Santos, de 42 anos, mais conhecido como "Dudu Boca", foi preso na loja dele, em Vitória, na tarde de quarta-feira (06), durante a Operação Traditore, da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa).

Contra Carlos Eduardo havia um mandado de prisão preventiva em aberto. As investigações da Defa apontaram que ele fazia negócios com Fábio Ferreira, de 46 anos, preso há 20 dias, na segunda fase da operação. Conversas no celular de Fábio indicam que os dois repassavam, entre si, carros com documentos fraudados e os revendiam para terceiros.

Inclusive foi uma das negociações entre Eduardo e Fábio que deu início à operação. Segundo a polícia, Eduardo vendeu uma caminhonete para Fábio, que, por sua vez, a revendeu para um amigo. Quando esse amigo descobriu que se tratava de um veículo com documentos falsificados, decidiu procurar a polícia e denunciar o esquema.

De acordo com as investigações, o esquema criminoso possibilitou ao suspeito levar uma vida de luxo. Nas redes sociais dele, há fotos com helicópteros, a bordo de lanchas, viajando por diversos lugares, entre outras.

Carlos Eduardo foi preso na loja dele, em Vitória, na quarta-feira | Foto: Divulgação/PCES

Dudu Boca foi o quinto preso por suspeita de integrar essa organização criminosa. Foram presos como participantes da organização a professora Aline de Paula Nunes e o marido dela, o capitão reformado da Polícia Militar, Marcos dos Santos, além de Fábio Ferreira e Paulo Henrique de Alvarenga Rodrigues, de 35 anos.

A primeira prisão aconteceu no último dia 11 de abril. Aline foi presa em flagrante na Praia do Canto, em Vitória, usando um veículo avaliado em cerca de R$ 90 mil. Na garagem da casa dela, havia outro, de R$ 160 mil. Segundo as investigações, os dois pertenciam a locadoras de veículos de São Paulo e estavam com documentos adulterados.

A professora, contudo, pagou fiança impetrada pelo juiz e foi liberada. De acordo com o advogado que representa a professora, David Metzker, na última quarta-feira, o juiz do caso recebeu denúncia da promotoria e Aline de Paula Nunes não foi denunciada. Ainda no documento, a promotoria pediu que fossem retirados do processo e do sistema de acesso aos processos o nome da professora, o que foi determinado pelo juiz.

Já em maio, foram presos, no mesmo dia, os outros três suspeitos. Todos eles respondem por estelionato, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema. A polícia ainda procura por Robson Teixeira Alves Gusmão, que possui mandado de prisão em aberto pelos mesmos crimes e está foragido.

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