Polícia

Agente penitenciário que baleou esposa grávida no ES é solto

O crime aconteceu no dia 7 de janeiro, na Rodovia do Sol, em Vila Velha. Os dois voltavam para casa depois de um show em Guarapari

O agente penitenciário suspeito de atirar na barriga da esposa que estava grávida foi solto do sistema prisional capixaba, na última terça-feira (11).

Após seis meses detido, a 4ª Vara Criminal do município de Vila Velha pediu a soltura de Rafael Zardo Neto e afirmou que ele deve comparecer em juízo no primeiro dia após a liberação para atualizar o endereço onde vai morar.

Na época em que o crime aconteceu, o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Janderson Lube, indiciou Rafael em quatro crimes, que somados ultrapassam os 40 anos de prisão.

Em janeiro de 2017, a mulher de 23 anos e o marido estavam dentro do carro e voltavam de um show no município de Guarapari quando tudo aconteceu. Em depoimento o agente contou que o disparo foi acidental. Após ser atingida, a vítima teve que passar por uma cesárea de emergência no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, e dois dias depois de ser internada, o bebê acabou morrendo.

Por meio de nota a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou a informação da soltura de Rafael e disse que ele estava preso na Penitenciária de Segurança Média I, em Viana, desde janeiro e que por decisão da Justiça, foi liberado.

Sobre o caso

Na época em que o crime aconteceu, o advogado de Rafael falou com exclusividade para a equipe da TV Vitória/Record TV e defendeu que o disparo foi acidental.

"Houve algumas confusões na casa de shows e, na volta para Vila Velha, onde ele reside, uma moto ou um automóvel estaria o perseguindo, por conta de uma confusão de trânsito, ocorrida quando eles chegaram à casa de shows. Ele disse que houve um certo entrevero entre ele e a esposa e ela teria dado um tapa, encostado na arma, e teria ocasionado o disparo", explicou Cristiano Hehr Garcia.

Processos 

Rafael já responde a outros dois processos, ambos no sul do Estado: um em Jerônimo Monteiro, por disparo de arma de fogo, e o outro em Castelo, na saída de um show.

De acordo com a acusação, em outra oportunidade ele teria se envolvido numa briga, dado uma coronhada em outra pessoa e se apresentado como policial civil. Nos dois processos ainda não há decisão da Justiça.

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