Polícia

Irmãos encontrados em caixote não tinham sinais de agressões físicas

As crianças são irmãos gêmeos de três anos e ficavam separados por uma divisória de maneira na caixa de um metro de comprimento. O próprio pai teria construído o caixote

As duas crianças de 3 anos, gêmeas, que eram trancadas em um caixote de madeira pelos pais, na zona rural de Santa Teresa, na região serrana do Espírito Santo, estão em um centro de convivência no município. Segundo a Polícia Militar (PM), a situação parecia ser comum para a família.

A mãe das crianças permitiu a entrada dos policiais militares na casa. "Acredito que para ela, a situação era comum, não para nós, mas ela via aquilo como forma de poder fazer seus afazeres, como conseguir cuidar da casa, e foi justamente o que ela disse, que deixava as crianças ali enquanto cuidava da casa e o marido da roça", informou o capitão Sonimarcos, da Polícia Militar.

De acordo com militares que atenderam a ocorrência, não foram encontrados sinais de agressões físicas nas crianças e elas também não relataram qualquer outra situação de maus-tratos.

"Os irmãos estão em um centro de convivência para crianças e adolescentes, em Santa Teresa, esperando a avaliação do poder judiciário para dizer se elas retornam para o lar ou se outra medida será tomada".

Os gêmeos, de três anos de idade, foram resgatados pelo conselho tutelar do município. De acordo com a Polícia Militar (PM), as crianças não tinham contato uma com a outra. "Foi possível verificar que as crianças estavam dentro de um caixote confeccionado para que eles ficassem ali, de pouco mais de um metro, com uma repartição, de forma que as crianças não entravam em contato uma com a outra", disse

A equipe da TV Vitória esteve na sede do conselho tutelar de Santa Teresa, mas nenhum conselheiro recebeu a reportagem. Os pais são uma dona de casa de 37 anos e um lavrador, de 40. O casal foi levado para a Delegacia de Aracruz, já que em Santa Teresa a delegacia já estava fechada. Eles prestaram depoimento e foram liberados. 

Assista a entrevista completa sobre o caso:


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