Polícia

"Não aguentava mais", disse pai por mensagem após matar família no norte do Espírito Santo

Texto foi encaminhado por Flávio Sandro Olmo a uma amiga, às 4 horas da madrugada do dia 15 de junho, provavelmente depois do pedreiro ter assassinado a esposa e os filhos

Foto: Reprodução

A Polícia Civil concluiu, nesta semana, a análise dos celulares do pedreiro Flávio Sandro Olmo, de 42 anos, e da esposa dele, Eusivânia Marcelino de Souza, de 40. Segundo a polícia, o pedreiro matou a mulher e os três filhos do casal e, em seguida, tirou a própria vida.

O crime brutal aconteceu na madrugada do último dia 15, em São Domingos do Norte, região noroeste do Espírito Santo. De acordo com o delegado Rafael Caliman, responsável pelas investigações, Flávio encaminhou uma mensagem para uma amiga, na madrugada do crime, dizendo que "não aguentava mais".

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A mensagem foi encaminhada às 4 horas, provavelmente depois de o pedreiro ter assassinado a esposa e os filhos. Além disso, a polícia encontrou uma conversa entre Flávio e Eusivânia, no dia anterior ao crime. Nela, o pedreiro fala que estava "morrendo por dentro".

"Ela deixava claro que não estava satisfeita com a relação e ele, por sua vez, demonstrava que aquele problema entre os dois estava causando um mal estar nele", destacou o delegado.

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Ainda de acordo com Caliman, a polícia descartou qualquer possibilidade de alguma outra pessoa ter participado do crime.

"Agora a gente deve realizar mais algumas oitivas e a tendência natural desse inquérito é ser arquivado, pela morte do suspeito", concluiu.

Relembro o caso

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O crime aconteceu na casa da família. Além de Eusivânia, foram assassinados Laisla de Souza Olmo, de 18 anos, Ítalo de Souza Olmo, de 8, e Anelise de Souza Olmo, de 4. A polícia acredita que todos foram mortos enquanto dormiam.

Após matar a esposa e os três filhos, Flávio cometeu suicídio. O corpo dele foi encontrado no quarto do casal.

Uma marreta e uma faca foram encontradas na casa. Os corpos foram encontrados pelo irmão de Flávio, que é casado com a irmã de Eusivânia.

Na época, a irmã da vítima contou à equipe da TV Vitória/Record TV que, no dia anterior ao crime, Flávio havia chegado do trabalho e feito sua caminhada diária. 

Em seguida, voltou para casa para cuidar dos filhos, já que a esposa ainda estava trabalhando — ela era cozinheira de um restaurante da cidade.

De acordo com a irmã de Eusivânia, o casal não tinha qualquer histórico de violência e de brigas frequentes. A família, no entanto, confirmou que Flávio tinha um histórico de depressão e que ele e a esposa estavam em um processo de separação.

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