Polícia

Carne irregular apreendida foi adquirida por 40 supermercados da Grande Vitória, diz polícia

Nomes dos estabelecimentos não foram divulgados em operação que interditou uma empresa que não tinha licença para funcionar como frigorífico

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória


Foto: divulgação / sesp

Ao menos 40 supermercados da Grande Vitória adquiriram carne suína armazenada de forma irregular por uma empresa de Vila Velha que não tinha autorização para funcionar como frigorífico. 

A informação foi repassada pela Polícia Civil numa coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (05) que revelou detalhes de uma operação que apreendeu 15 toneladas do produto no estabelecimento sediado no bairro Ilha das Flores. 

A apreensão foi resultado de uma ação conjunta entre a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). 

A empresa tinha autorização para funcionar como entreposto comercial e manipulava os cortes do alimento sem nenhuma fiscalização sanitária. O local foi interditado nesta terça. 

Foto: divulgação / sesp

"Um entreposto poderia adquirir o produto totalmente embalado e revendê-lo, desde que não manipulasse o alimento. Não poderia abrir a embalagem. Essa empresa interditada fazia justamente o contrário: fracionava os pedaços, armazenava sem condições santitárias e sem licença para isso e os revendiam aos supermercados em embalagens com uma aparência de um produto aparentemente regular", explica o delegado titular da Decon, Eduardo Passamani.

O proprietário foi multado pelo Idaf e vai responder por crime contra as relações de consumo, com penas previstas entre 2 a 5 anos de prisão, em caso de condenação. 

O delegado também disse que, a princípio, os supermercados não sabiam que a empresa era irregular. Apesar de não possuir selo de inspeção do Idaf, a carne era vendida embalada a vácuo, com rótulo e até logomarca. O nome da empresa não foi divulgado. 

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"Nós identificamos algumas notas fiscais mas como não existe um lastro com 100% de certeza se a carne era procedente de um animal saudável ou se os produtos foram adquiridos em uma cadeia clandestina, isso será matéria de investigação", planejou. Ele acrescentou que haverá apuração em relação à participação dos supermercados.

Por estar na fase de investigação, a Polícia Civil não divulgou os nomes da empresa e também dos supermercados que adquiriram o produto. 

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV



 


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