Polícia

Número de mortes violentas cai 30% no ES, mas jovens ainda são os principais alvos

Do dia primeiro de janeiro até 23 de agosto deste ano, 556 homicídios foram registrados na Grande Vitória. No ano passado foram 685 vítimas assassinadas

Cerca de 65% das mortes são de jovens Foto: TV Vitória

Os dados divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves apontaram que o número de mortes violentas no Espírito Santo caiu em 30%. Esses números são referentes ao segundo trimestre desse ano, mas o Estado ainda lidera o ranking de mortes de adolescentes e jovens. E o motivo predominante é o envolvimento com o tráfico de drogas.

Segundo dados da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), do dia primeiro de janeiro até 23 de agosto deste ano, 556 homicídios foram registrados na Grande Vitória. Este número é positivo, se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram 685 vítimas. Este ano são quase 20% a menos.

“Você não consegue reduzir homicídio de um dia para o outro. Tem que ter muito investimento e muito trabalho. Estamos colhendo esses frutos. Este ano começou bem e começamos a manter esse comportamento. Muita prisão, muita apreensão de drogas e temos reduzido bastante o número de mortes”, afirmou o delegado chefe da DHPP, José Lopes. 

A redução também foi registrada no resto do Estado. Um levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves apontou que, de abril a junho deste ano, 299 pessoas foram assassinadas no Espírito Santo. Elas foram vitimas de homicídios, latrocínios ou lesões seguidas de morte. De abril a junho de 2014 foram 412 vítimas. Do ano passado para este ano o numero caiu em cerca de 30%.

Apesar dos dados positivos, um detalhe ruim chama a atenção. Os jovens ainda são os que mais morrem por motivos violentos no estado. O maior número de vítimas tinha idade entre 15 e 29 anos. O índice chega a 27 vitimas para cada 100 mil habitantes. 

O envolvimento com as drogas, seja como usuário, seja atuando no tráfico, ainda é o principal motivo para a morte entre jovens. “A motivação dos crimes está em torno de 64% e 65% de envolvimento com tráfico de entorpecente. Já foi maior em algumas regiões mais violentas. De 99% caiu para 84%”, destacou o delegado.

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