Polícia

Professora de Viana diz sofrer ameaça de aluno que teria tentado acariciá-la após implante de silicone

A vítima, no entanto, resistiu ao assédio e tomou providências. Por conta disso, o menor teria começado a postar mensagens contendo ameaças e ofensas pesadas contra ela

Professora de escola de Viana diz ter medo do que o adolescente pode fazer contra ela Foto: TV Vitória

Uma professora de uma escola municipal de Viana diz estar sendo ameaçada por um aluno da instituição. Segundo ela, as ameaças começaram após ela fazer uma cirurgia de implante de silicone e ser assediada por esse estudante, de 17 anos, que teria tentado acariciá-la. 

A mulher, no entanto, resistiu ao assédio e imediatamente tomou providências. Por conta disso, o adolescente teria começado a postar mensagens, em sua página no Facebook, contendo ameaças e ofensas pesadas contra a professora.

"Esse aluno tentou me assediar na sala de aula. Ele foi levado para a coordenação, foi dada uma punição a ele na escola e, depois disso, ele começou a me perseguir", contou.

Assustada e precavida, a vítima prestou queixa na delegacia, que abriu um inquérito contra o agressor. "Eu estou com medo, não sei o que pode acontecer. Porque ele é um aluno problemático e tenho medo do que ele pode fazer comigo", declarou.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação de Viana informou que casos como esse são raros e pontuais e orienta que o profissional, nesse tipo de situação, procure a secretaria, que faz o acompanhamento e toma os devidos encaminhamentos necessários.

Denúncias

Aluno teria postado mensagens ofensivas contra a vítima Foto: Reprodução

Casos de agressões contra professores têm se tornado uma rotina constante em salas de aula. Na Delegacia de Adolescentes em Conflito com a Lei (Deacle) chegam, em média, de dois a três casos desse tipo por semana. 

Em abril deste ano, um professor deu um bronca em um aluno em uma escola municipal de Cariacica e acabou sendo ameaçado pelo pai do estudante. Em solidariedade, outros professores fizeram greve.

O titular da Deacle, delegado Diego Yamashita, explica que, assim que o inquérito é concluído, é encaminhado ao Ministério Público. Segundo ele, geralmente nesses tipos de crime de ameaça e injúria contra professores são aplicadas penas mais brandas, como medidas pedagógicas. O delegado ressalta, no entanto, que em caso de o menor cometer reincidência ou qualquer outro crime a condenação poderá ser mais severa.

"Grande parte dos garotos e garotas que cometem esse tipo de crime já estão envolvidos com crimes mais graves. Isso já demonstra a disposição deles em cometer crimes. São menores já envolvidos com o tráfico de drogas, roubos. Então isso seria apenas mais um ato infracional nessa vida criminosa que eles já têm", destacou Yamashita. 

Segundo o delegado, os professores jamais podem ter medo de denunciar os alunos. "Os professores não precisam ter medo. Isso vai acabar causando um número ainda maior de eventos. O adolescente, vendo que o professor se acovardou diante da postura dele, vai se sentir mais à vontade ainda para cometer esses ilícitos. A orientação que a gente dá é procurar a delegacia, relatar os fatos e registrar a ocorrência, que aqui o fato vai ser apurado", garantiu.

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