Polícia

Enfermeiro é preso em Campinas suspeito de estuprar duas crianças

Adelci José Pazin de Souza, de 52 anos, foi detido no estacionamento de um hospital do município, acusado de abusar de dois irmãos, de 6 e 9 anos

O enfermeiro do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Adelci José Pazin de Souza, de 52 anos, foi preso nesta segunda-feira, 7, em Campinas, região metropolitana de São Paulo, por suspeita de estupro de vulnerável contra dois meninos, irmãos de 6 e 9 anos. Em depoimento à polícia, Souza negou a ação.

A prisão aconteceu no estacionamento do hospital. O HC confirmou que Souza trabalha no Departamento de Internação Adulto e que estava licenciado. O suspeito era vizinho das vítimas, no bairro Jardim Europa, em Paulínia, e padrinho de casamento dos pais das crianças.

De acordo com o delegado Rodrigo Luís Galazzo, que comanda o caso, a investigação começou há seis meses, depois que a mãe denunciou o caso à polícia. "Ela notou mudança de comportamento de um dos filhos e um deles lhe contou o ocorrido. Ele tinha medo de contar aos pais porque o suspeito era muito próximo da família. Temiam que o enfermeiro pudesse fazer algo de grave com os pais", diz o delegado.

As crianças passaram a ser atendidas por uma psicóloga, que em abril recebeu uma carta do menino de 6 anos. O conteúdo traz o desenho de um carro de polícia e o pedido para que o delegado prendesse o suspeito para sempre. "Incluímos a carta e o parecer técnico da psicóloga no inquérito", afirma Galazzo.

Segundo ele, a prisão demorou porque o enfermeiro estava de licença médica do trabalho e havia mudado de endereço. "Tivemos dificuldade de encontrá-lo. Então, soubemos que voltaria ao hospital na segunda-feira para renovar a licença. Foi aí que o prendemos", explica o delegado.

Aldeci José Pazin de Souza foi indiciado na Delegacia de Paulínia e preso temporariamente por 30 dias na cadeia anexa ao 2º Distrito Policial de Campinas.

O delegado apreendeu o celular do suspeito e diz que voltará a ouvir todas as testemunhas durante este período. O delegado estuda a possibilidade de renovar o pedido de prisão temporária.

Em nota, a administração da Unicamp diz que "irá se manifestar sobre o caso assim que for comunicada da decisão e está à disposição das autoridades responsáveis".

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