Polícia

Funcionário se passa por outra pessoa e usa aplicativo para tentar extorquir chefe

O funcionário se passou por uma ex-funcionária e pediu cerca de R$ 6 mil para a vítima. Ele foi preso e pode responder pelos crimes de extorsão, falsidade ideológica e estelionato

Um homem identificado como José Carlos Soares Júnior, de 22 anos, foi preso por ameaçar e tentar extorquir a própria chefe, uma comerciante de 41 anos do bairro Campo Grande, em Cariacica. A tentativa de extorsão e as ameaças ocorriam por meio de um popular aplicativo de mensagens.

Pelo aplicativo, o jovem se passou por uma ex-funcionária e pediu cerca de seis mil reais para a vítima. Funcionário de confiança há quatro anos da comerciante, ele se aproveitou de informações privilegiadas para ameaçá-la.

Acreditando se tratar da ex-funcionária e sem imaginar que o perigo estava por perto, ela pediu que o jovem fossem entregar os documentos do boletim de ocorrência na delegacia para ela.

"Nós pedimos a quebra do sigilo telefônico e chegamos a dois números. Ele usava alternadamente o próprio número e um outro para o WhatsApp. Ela pediu que ele viesse à delegacia para trazer os documentos dela, foi aí que ele descobriu que ela estava denunciando na quarta-feira. A partir daí, após uma hora que ela saiu da delegacia, ele voltou a ameaçá-la de forma até mais contundente, dizendo que tinha um conhecido policial que estaria dando informações para ele. Nós aprofundamos a informação e vimos que era mentira", fala o delegado Luiz Neves Paula.

A polícia chegou até o jovem através do IMEI do celular, mas ele nega o crime. Ao descobrir quem realmente fazia as ameaças, a comerciante ficou desesperada. "Ela tomou um susto quando descobriu que o próprio funcionário dela quem estava se passando por uma outra funcionária. Ela nunca imaginava que o Júnior, pessoa que trabalhava há quatro anos com ela, seria capaz de tentar extorqui-la", comenta Neves.

O jovem foi encaminhado ao presídio na última sexta-feira e pode responder pelos crimes de extorsão, falsidade ideológica e estelionato.

A outra parte

De acordo com o advogado do acusado, Gustavo Paiva, as investigações estão em fase inicial. Ele afirma que seu cliente é inocente, vai responder o processo em liberdade. "Ele irá provar no decorrer da instrução que não passou de uma "sabotagem" em desfavor do mesmo, tendo em vista que é um funcionário exemplar e de total confiança da empresária onde a própria narra durante as investigações que desconfia de uma ex-funcionária (mulher) que inclusive já tinha a ameaçada anteriormente", diz a nota.

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