Polícia

Madrasta flagra pai estuprando a própria filha em Viana

Segundo a polícia, os abusos aconteceram em maio de 2014, mas o acusado só foi preso na semana passada em Guarapari, onde estava morando

Um vigilante foi preso suspeito de estuprar a própria filha, uma menina de 11 anos, na casa onde os dois moravam, em Viana. Os crimes aconteceram há três anos, mas o acusado, de 51 anos só foi detido na semana passada. Ele foi localizado em Guarapari, onde estava morando.

Segundo a polícia, a vítima foi violentada quatro vezes, em maio de 2014. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto desde 2015.

De acordo com o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini, responsável pelas investigações, foi a madrasta da criança que denunciou os abusos. Ela contou à polícia que a menina tinha se mudado há pouco tempo para a residência do casal e, após notar mudanças no comportamento do marido, decidiu investigar.

Um dia a mulher disse que passaria a noite fora de casa, mas voltou e flagrou o suspeito abusando da criança na cama do casal.

"Ela disse para o marido que iria dormir na casa de uma amiga, só que ela retornou para casa, aproximadamente entre 23h30 e meia-noite. E como a casa é de tábuas, pela fresta ela flagrou o momento em que a criança estava sendo abusada pelo próprio pai", contou o delegado.

Após o flagrante, a madrasta da vítima procurou a polícia imediatamente e, em depoimento, afirmou que tentou conversar com o marido.

"Houve uma discussão porque ela disse que viu ele abusando da filha e não tinha como ele negar, mas ele ainda sim negou. A partir daí, houve uma série de agressões físicas e violência. Ele disse que ela não poderia contar isso para ninguém, colocando em risco inclusive a própria vida", frisou Pazolini.

Logo depois da denúncia, o suspeito se mudou para Guarapari. No entanto, ele alega que a mudança não teve como objetivo fugir da polícia.

"Eu mudei para lá porque minha casa encheu de água. Aí eu comprei um pedacinho de terra, fiz um barraco e fui morar perto da casa da minha sogra. Mas a justiça sabia, os advogados sabiam, todo mundo sabia disso", alegou.

Em depoimento, o vigilante confirmou que dormia com a menina na mesma cama, mas negou os estupros. O suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável.

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