Polícia

Mãe de jovem morto em ônibus diz que indenização não ameniza a dor

O crime aconteceu em novembro do ano passado durante um assalto dentro de um ônibus em Vitória

Quase nove meses após a morte de Cleverton Oliveira Cabral, a Justiça capixaba condenou o Estado a pagar uma indenização no valor de R$ 300 mil aos familiares. Mesmo com o valor, a mãe do jovem afirmou que isso não vai amenizar a dor. Ele foi morto por um policial militar dentro de um ônibus do sistema Transcol.

“Sinto muita falta dele. Foi um desespero. Para mim acabou. Só fico pensando nele, mas sei que ele não vai voltar. Tem dia que eu nem durmo. Eu limpo a casa conversando com as fotos dele”, afirmou a mulher.

O Estado chegou até a alegar que o policial militar não estava trabalhando e nem fardado, por esse motivo não estava na condição de agente público. Mas a Justiça não aceitou a alegação e deu parecer favorável aos familiares da vítima.

O crime aconteceu no dia 2 de novembro do ano passado. O rapaz estava voltando do trabalho. De acordo com as investigações, o coletivo foi assaltado quando passava pela Avenida Dante Michelini, Jardim Camburi. Cleverton foi usado pelo criminoso para recolher os pertences dos passageiros. O policial, no fundo do ônibus, viu a cena e resolveu reagir.

O PM atirou no jovem, que morreu na hora. O assaltante, identificado como Fábio Pereira dos Santos, de 36 anos, estava com uma arma falsa. Ele também foi baleado, socorrido e preso.

Mesmo com a decisão da justiça determinando o pagamento da indenização, a mãe esclarece que não há dinheiro no mundo que amenize a dor da perda de um filho. “O quarto dele está do jeito que ele deixou, com as coisas dele. Não tem como a gente desfazer. É um apego muito grande nas coisas dele”, disse.

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