Em busca de anistia, militares de Guarapari pedem apoio da população
Os policiais de Guarapari e de todo Espírito Santo estão em busca de julgamento individual no processo que apura a participação de cada militar na greve da PM no início de 2017
No Centro de Guarapari, os militares do município montaram uma tenda na manhã de hoje (01) com o objetivo de conseguir assinaturas para o Projeto de Lei que busca a anistia dos policiais militares do Estado que participaram da greve que aconteceu no início do ano passado. Para que o Projeto seja encaminhado a Assembléia Legislativa do Espírito Santo, são necessárias em torno de 30 mil assinaturas em todo Estado.
Segundo a Sargento responsável, Michele, o projeto, que foi lançado em 28 de junho, é uma iniciativa popular para a anistia dos militares na questão administrativa. “Não existe a necessidade de punição dos policiais, uma vez que houve uma manifestação dos familiares dos militares. Tem colegas sendo excluídos e outros julgados por crime militar. Já foram 25 exclusões em todo o Estado”, relatou.
Ela acrescentou que são necessárias assinaturas de 1% dos eleitores do Estado, quase 3 milhões de pessoas. “Precisamos de cerca de 27 mil assinaturas para protocolar o projeto, mas podem ocorrer erros e algumas serem anuladas, por isso buscamos chegar as 30 mil”, falou Michele.
“Com não temos como levar a tenda para todos os municípios, nós fazemos um rodízio e levamos sempre onde tem mais concentração de pessoas. Em outras cidades, as assinaturas estão sendo colhidas pelos policiais locais”, contou a Sargento.
Um militar que estava no local da tenda, que pediu para não ser identificado, explicou que assim que as assinaturas forem colhidas, o Projeto de Lei vai para ser aprovado sem precisar do aval do governador. “O Projeto será enviado ao Tribunal Regional Eleitoral e conferido, a partir dai é criado um Projeto de Lei para anistiar os militares, tanto os que estão respondendo administrativamente quanto os que já foram expulsos. São 4 mil policiais que estão sendo processados, tem que ter pelo menos um parâmetro para esse julgamento. Eles estão sendo julgados de forma coletiva, tem que ser caso a caso”, concluiu.