'Pensei que fosse morrer', diz rapaz 'rasgado' por estilete durante festa em Vitória
Gabriel Almeida Alves recebeu a equipe da TV Vitória/Record TV nesta quarta-feira e lembrou os momentos de horror vividos durante a confusão
O rapaz ferido com golpes de estilete em várias partes do corpo, durante uma briga em uma festa no Morro da Piedade, no último domingo (05), já recebeu alta do hospital e se recupera na casa do namorado. Gabriel Almeida Alves, de 18 anos, recebeu a equipe da TV Vitória/Record TV nesta quarta-feira (08) e lembrou os momentos de horror vividos durante a confusão. "Eu pensei naquele momento que eu fosse morrer", disse, aos prantos.
Gabriel foi ferido no rosto, pescoço, ombro e costas, entre outras partes, e disse não saber quantos pontos levou. Com dificuldade para falar, ele afirma que chegou ao local acompanhado do namorado, por volta das 20 horas, mas depois se afastou e ficou com alguns amigos.
Ao cumprimentar um deles, derramou cerveja na roupa de um rapaz e a briga começou. "A cerveja caiu nele e nós começamos a bater boca e brigar. Aí eu fui cumprimentar ele e olha o que ele fez comigo. Quando eu fui ver, ele me rasgou", contou.
Gabriel alega que foi agredido por cinco pessoas. Segundo ele, dois rapazes usaram navalhas. A vítima conta que um dos agressores a procurou, ainda no hospital, para pedir desculpas.
"O pessoal que estava lá embaixo foi quem falou para mim que ele estava querendo falar comigo para pedir desculpas. Mas eu não vou aceitar. O que eles fizeram comigo não tem perdão", afirmou.
Nas redes sociais, um amigo de um dos rapazes apontados como agressores publicou um texto, afirmando que ele agiu em legítima defesa, pois Gabriel teria usado uma garrafa para agredi-lo primeiro. A vítima, no entanto, diz que foi o contrário. "Para me defender deles eu tive que pocar uma garrafa para ele me soltar, senão ele ia me matar", alegou.
Gabriel saiu do hospital na tarde de segunda-feira (06) e foi direto para a casa do namorado, o autônomo Léo Rodrigues, que é quem está cuidando de seus ferimentos. A vítima conta que, desde então, seus dias têm sido à base de remédios, para suportar a dor, e que até tomar um chá se tornou algo difícil e doloroso.
Os médicos disseram que os pontos devem sair sozinhos, em cerca de 15 dias. No entanto, segundo o namorado, a vida de Gabriel nunca mais será a mesma. "Marcaram a vida dele, tiraram o rosto. Então o que vocês não querem para vocês, não queiram para os outros. Imagina se fossem o irmão de vocês, se fosse o rosto de vocês. Toda vez que ele olhar no espelho, ele nunca mais vai ser o mesmo", afirmou Léo.
A ocorrência foi atendida no domingo, pela equipe de plantão do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação e outras informações não serão passadas por enquanto. "Eu quero só justiça, que ele pague o que ele fez comigo", afirmou Gabriel.