Polícia

'O caso é crítico e grave', diz irmã de diarista que teve o corpo queimado pelo ex-marido

Ela respira com a ajuda de aparelhos e, nos próximos dias, deve passar por uma cirurgia para amputar uma das mãos

A vítima teve 30% do corpo queimado e deve amputar uma das mãos | Foto: Reprodução

Segue gravíssimo o estado de saúde da mulher que foi queimada pelo ex-marido, na Serra. Ela respira com a ajuda de aparelhos e, nos próximos dias, deve passar por uma cirurgia para amputar uma das mãos. O suspeito continua foragido e o caso está em segredo de justiça.

A irmã da vítima, que não quis ser identificada, prestou novo depoimento nesta quarta-feira (12) na Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher. De acordo com ela, a família tem acompanhado de perto as investigações porque espera que o suspeito seja encontrado. “Está todo mundo revoltado, desesperado e não sabe o que fazer, por onde correr”, disse.

A diarista Marciane Pereira dos Santos, de 36 anos, teve 30% do corpo queimado no último domingo (09) no apartamento onde mora, em Jardim Tropical, na Serra. Segundo testemunhas, o ex-companheiro, que é cadeirante, jogou álcool e gasolina. Logo em seguida, ateou fogo na mulher. De acordo com os familiares, o estado de saúde da vítima é grave. “Ela fez uma cirurgia e colocou um tubo para respirar pelo aparelho. O caso é muito crítico e muito grave mesmo”, conta a irmã.

O crime aconteceu na frente da filha da diarista. Por causa disso, a família tem tentado que a menina seja acompanhada por um psicólogo. “A minha filha foi marcar um médico para ver se ele passa para um psicólogo, para que ela não fique com nenhum pensamento, pois ela viu e falou, ‘tia, minha mãe pegou fogo’”.

O ex-marido da mulher, identificado como André Luiz dos Santos, fugiu após o crime e continua foragido. Segundo a família, o caso segue em segredo de justiça, por isso os familiares foram orientados pela pela polícia a não falarem sobre o conteúdo dos depoimentos nem as novidades deste caso.

O que a família tem feito é dividir o tempo entre acompanhar a diarista no hospital e auxiliar nas investigações da polícia. A esperança deles é que a vítima sobreviva. Para isso, eles têm se apegado à fé. “Agora eu peço muito à Deus. Vem pastores, vem todo mundo orar por ela para ver se ela sobreviva”, concluiu.