Polícia

Mulheres protestam em frente ao Batalhão da PM, após agressão em Guarapari

O protesto foi anunciado nas redes sociais do Coletivo Feminista de Guarapari Mulheres que Lutam. Com cartazes, as manifestantes pediam o fim da violência policial

Foto: Reprodução / Instagram Coletivo Mulheres que Lutam

Um grupo de mulheres se reuniu em frente ao 10º Batalhão da Polícia Militar de Guarapari, no início da tarde desta quarta-feira (29), para protestar contra a ação de policiais militares, que agrediram uma mulher dando joelhada e socos durante abordagem. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, os PM foram afastados.

Por meio das redes sociais, o grupo de mulheres do Coletivo Feminista de Guarapari Mulheres que Lutam, que organizou a manifestação, destacou que não iria admitir que o autor da violência permanecesse sem punição. 

Reprodução / Instagram Coletivo Mulheres que Lutam
Reprodução / Instagram Coletivo Mulheres que Lutam
Reprodução / Instagram Coletivo Mulheres que Lutam

"Enfatizamos que não vamos admitir que o autor da violência fique impune. Exigimos que a Polícia Militar tome providências em relação ao policial que, embora tenha o dever de zelar pela segurança, agiu de maneira inadmissível ferindo a integridade física e psicológica de umacivil", dizia a publicação.

Os cartazes utilizados pelas manifestantes, em revolta à ação dos policiais militares, pediam pelo fim da violência policial, justiça e mais segurança pública eficaz. 

Ao todo, o grupo conseguiu reunir cerca de 20 mulheres nos atos de manifestação. Uma das manifestantes Rosânia Soares é advogada. Ela explicou que o protesto se trata de uma cobrança por segurança pública. 

"É um ato simbolico de cobrança ao Estado, pois sabemos que esse tipo de violência acontece nas periferias todos os dias. Uma violência contra uma mulher preta, pobre e vulneral. Não queremos violência institucional, mas segurança publica. Fomos para cobrar do Estado de medidas efetivas. Queremos mudança de mentalidade dentro da instituição", esclareceu ela.

Entenda o caso em que militares agrediram uma mulher com socos e joelhadas

Uma mulher foi agredida durante uma abordagem policial neste sábado (25) no bairro Lameirão, em Guarapari. Nas imagens, registrada por testemunhas, um dos militares que atendeu a ocorrência aparece dando uma joelhada e socos no rosto da vítima.

No vídeo, é possível ver o momento que a mulher é imobilizada. Quando ela já está no chão, um dos policiais dá um tapa no rosto dela. Segundo a Polícia Militar, os policias foram acionados para dar apoio à socorristas do Samu, que aguardavam para realizar a internação compulsória de uma paciente que estava em um surto e agressiva.

Os policiais militares alegaram ter agido em legítima defesa. Por nota, a Associação dos Cabos e Soldados do Espírito Santo (ACS-ES) informou que a mulher abordada pelos policiais do 10º Batalhão da PMES sofre de transtornos mentais e que já havia desferido um golpe de faca em uma vizinha. 

Além disso, segundo a associação, ela resistiu à abordagem dos policiais e chegou a morder um dos militares. 

A informação de que os policiais militares foram afastados após praticarem agressão contra a mulher foi confirmada pela assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública no início da tarde desta quarta-feira(29).

Mais cedo, o representante da corregedoria da Polícia Militar, tenente-coronel Marques, disse que o inquérito policial militar já havia sido instaurado e que a corporação iria analisar o possível afastamentos dos militares. O inquérito pode durar até 60 dias. 


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