Polícia

Na véspera do Dia do Professor, educadora tem carro roubado pela 2ª vez na porta de escola em Cariacica

A vítima foi uma professora da escola, que preferiu não se identificar. Os criminosos levaram o carro da mulher. Alunos ficaram sem aula nesta quarta-feira (14), devido ao crime

Crime aconteceu em frente a escola Foto: TV Vitória

Na véspera do Dia do Professor, comemorado nesta quinta-feira (15), uma educadora de Cariacica não tem muitos motivos para festejar. Ela foi assaltada no momento em que chegava para trabalhar, na manhã desta quarta-feira (14), no bairro Bandeirantes, em Cariacica.

A vítima, que não quis ser identificada por medo de represálias, disse que esta é a segunda vez que tem o veículo roubado no mesmo lugar em menos de seis meses. Além disso, em agosto deste ano, outra colega de trabalho também foi alvo de bandidos e perdeu o automóvel.

Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Mariano Firme de Souza ficaram sem aula nesta quarta-feira (14), devido ao crime.

“Fiquei sabendo que uma professora tinha sido assaltada. Na hora eu fiquei sem reação e com medo, porque vai que eles estavam por aqui. Aí eu entrei e fui ver o que havia acontecido, e também se eu poderia ajudar de alguma forma”, relata a estudante Tamires Leite Oliveira.

O assalto aconteceu pouco antes das 07 horas. Quando a professora chegou para trabalhar, a motocicleta onde estavam os assaltantes estava parada, entre dois carros. A vítima parou o veículo perto de uma esquina. Quando saiu do carro, foi rendida por um homem armado. O criminoso pegou a bolsa e deu a partida no veículo. O outro assaltante seguiu de motocicleta.

Outra professora também estava chegando à escola, no momento do crime. A mulher e alguns alunos dizem que se esconderam atrás de um carro. “Eu comecei a subir o morro e percebi a ação, dois homens em uma moto preta. Um desceu da moto armado, rendeu a professora e, nesse momento, foi quando eu e as alunas nos escondemos atrás do carro”, diz a professora, que preferiu não se identificar.

“Nós nos recusamos a entrar em sala de aula, até porque nós não tínhamos clima para dar aula. Essa é uma forma de estarmos em luto por tudo o que aconteceu com a nossa colega e temos uma sequência de fatos”, desabafa outra professora, que também não se identificou.

Alunos também afirmam estar com medo dos assaltos. “Tenho muito medo porque eu já fui assaltada uma vez, e acontece de novo a gente fica assustada”, diz a estudante Samara Mathias.

Depois dos dois primeiros roubos, o policiamento foi reforçado na frente da escola. Segundo moradores, sempre ficava uma viatura nas redondezas, mas nesta quarta-feira não havia ninguém no local.

“Hoje os policiais não estavam aqui, por isso que aconteceu. Ou seja, nós só vamos ter uma sensação de segurança ao lado de um policial, ao lado de um guarda-costas. Então isso também nos deixa revoltados. Essa sensação de impunidade e insegurança”, completa a professora.

Outra educadora, que também não se identificou, lamenta o “presente” que a colega recebeu. “Não temos motivos para comemorar o Dia dos Professores, tanto que a professora saiu daqui chorando, muito nervosa, traumatizada, porque já é a segunda vez, o segundo carro, e fica uma sensação de impunidade”, diz.

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