Polícia

Após conflito no Bairro da Penha, grupo tenta incendiar carro e acaba detido em Vitória

De acordo com informações da polícia, os suspeitos estavam com 11 fogos de artifício que seriam usados contra os soldados. Alguns teriam sido lançados em direção ao helicóptero da PM

Os suspeitos chegaram a jogar querosene dentro do carro Foto: TV Vitória

Quatro rapazes foram detidos suspeitos de tentarem montar uma barricada na noite da última terça-feira (25), na Avenida Marechal Campos, em Vitória

Segundo a polícia eles chegaram a parar um veículo que estava com duas pessoas dentro para atear fogo. A motorista ficou desesperada. “Eles me arrancaram do carro jogando óleo e querosene dentro e mandando eu sair. Ele não sabiam dirigir o carro porque é automático. Quando eles iam atear fogo, um policial chegou e nos tirou dali”, contou a condutora. 

O extintor do automóvel chegou a ser usado para evitar o início das chamas. Duas latas de querosene foram encontradas próximas ao veículo. Depois da tentativa de incêndio, a polícia cercou a entrada do Bairro da Penha e iniciou a busca pelos suspeitos. Eles foram encontrados escondidos em uma casa no Morro do Bonfim, na mesma região.

O confronto

O confronto entre PM e moradores do Bairro da Penha começou no início da manhã de terça-feira (25). Moradores protestaram contra a morte de Wadson Souza, de 17 anos, que teria sido baleado pela polícia. Ruas foram fechadas e um carro chegou a ser queimado. O jovem teria reagido, entrado em luta corporal com um militar. ​O rapaz teria sido socorrido e levado para o hospital, mas acabou morrendo. Os moradores não confirmam a versão e contaram à equipe de reportagem da TV Vitória/Rede Record que o adolescente foi abordado pela polícia, que teria efetuado um disparo nas costas do rapaz.

Em protesto à morte, os moradores colocaram fogo em um carro e depredaram um veículo dos Correios na Avenida Leitão da Silva. Alguns malotes com documentos foram roubados durante a ação dos manifestantes.

Para alguns, a ação da polícia foi truculenta. “A polícia vem executando um serviço bom no morro, ela está melhorando a comunidade, mas não estão sabendo diferenciar quem é bandido e quem é morador. Isso que gerou a revolta da comunidade. Os moradores não se revoltam quando um bandido morre, mas quando um morador morre e que é inocente, a gente se revolta”, disse um morador. 

A Corregedoria da polícia deu a versão dela e disse que a PM apenas se defendeu e que o rapaz possuía quatro passagens. 

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