Polícia

Cinco mulheres foram vítimas de agressão na Grande Vitória em 24h

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, de janeiro a setembro deste ano, 78 mulheres foram mortas no Espírito Santo

Foto: Divulgação

Cinco mulheres foram agredidas na Grande Vitória entre este domingo (18) e esta segunda-feira (19). Apesar disso, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), houve uma queda no número de denúncias por parte das vítimas.

Uma costureira, de 43 anos, contou que foi agredida na manhã desta segunda-feira com um pedaço de madeira na porta de casa, no bairro Nova Rosa da Penha, em Cariacica. 

A mulher chegou a denunciar o marido em outro caso. Ele foi preso, mas depois de ganhar a liberdade, ela resolveu dar a ele uma segunda chance. 

Outro caso de violência contra mulher aconteceu no bairro Redenção, em Vitória. A vítima, de 42 anos, contou para a polícia que foi agredida na frente do filho de 11 anos. A mulher também denunciou o ex-companheiro e pediu medida protetiva contra ele. O crime aconteceu na noite deste domingo. 

Os bairros Ataíde, Cobilândia e Joquey de Itaparica também foram cenário para casos de agressão. Segundo a polícia, uma das vítimas tomou um soco. Outra foi agredida pelo namorado depois deles terem saído de uma festa. Já a terceira vítima foi agredida dentro de casa. 

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Os números de violência contra as mulheres são altos. De acordo com os dados da Sesp, de janeiro a setembro deste ano, 78 mulheres foram mortas no Espírito Santo. Entre os casos, 25 foram registrados como feminicídio e 53 por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Sete em cada dez mulheres vítimas de feminicídio no Espírito Santo não registraram boletim de agressões 

A delegada Michelle Meira, gerente de Proteção Proteção Mulher da Sesp,  informou que cerca de 70% das vítimas de feminicidio no Espírito Santo não tinham registrado nenhum boletim de ocorrência contra os suspeitos.

"A gente faz um alerta para que as mulheres que estão sendo vítima de violência doméstica denunciem. É importante ressaltar que a violência doméstica não é apenas a agressão. É o xingamento, é a ameaça, a falta de respeito, a violência patrimonial e a violência sexual", destacou. 

Apesar do número alto, segundo a delegada, houve uma queda no número de denúncias de mulheres agredidas no Estado, o que preocupa.

"Nós estamos tendo um fenômeno de redução no número de registro de boletins de ocorrência, o que nós preocupa. A diminuição do registro, não necessariamente, significa que a violência está diminuindo. As mulheres podem estar deixando de registrar os casos", disse a delegada.

*Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.

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