Polícia

Empresário da Praia da Costa é investigado por aumento abusivo em rede de postos de gasolina

O homem é dono de uma rede de postos localizada na Grande Vitória e é investigado por interromper o abastecimento dos consumidores e aumentar o preço do combustível durante a compra

Foto: Agência Brasil

Um empresário da Praia da Costa, em Vila Velha, foi alvo de uma operação nesta quinta-feira (28) deflagrada pela Polícia Civil para o combate à propaganda enganosa e aumento abusivo de preço de combustível.

O homem é dono de uma rede de postos localizada em Vila Velha, composta por três estabelecimentos, e é investigado por interromper o abastecimento dos consumidores e aumentar o preço do combustível durante a compra com valores diferentes do anunciado.

O nome do empresário e da rede de postos não foram divulgados pela polícia. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de fiscalização em bombas de combustíveis.

A operação foi resultado de uma ação integrada entre a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e o Instituto de Pesos e Medida (Ipem).

Empresário aproveitou crescimento de demanda para aumentar os preços

De acordo com a polícia, os estabelecimentos se aproveitaram do aumento repentino da demanda para aumentar os preços, mesmo quando havia filas de carros esperando para abastecer.

O fato aconteceu no dia 8 de setembro deste ano. Na época, a possibilidade de uma greve dos caminhoneiros fez com que muitos motoristas enchessem o tanque, com medo de um possível desabastecimento.

"Como teria havido a determinação para que fosse aumentado o combustível, devido à alta demanda, esses consumidores tiveram a interrupção do abastecimento, para que fosse aumentado o combustível, e eles depois teriam que pagar com o valor aumentado", destacou o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, responsável pela investigação.

"Por meio de um depoimento já formalizado por um dos gerentes, a informação era de que a determinação do aumento do combustível partiu do proprietário", acrescentou o delegado.

Nesta quinta-feira, policiais civis foram aos postos alvos das denúncias e colheram provas, que podem ajudar nas investigações. A denúncia também foi acompanhada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa.

"Os consumidores ficaram atentos, perceberam a alteração do preço na nota fiscal, mas na placa não estava alterado. E isso, com certeza, se configura em crime claro de aumento abusivo de preço e de propaganda enganosa. E a Polícia Civil, que tem feito um belo trabalho, vai continuar acompanhando", frisou o presidente da comissão, deputado Vandinho Leite (PSDB).

A polícia pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos gerentes, para identificar se o aumento irregular era uma prática recorrente. Até agora ninguém foi preso e o dono dos postos ainda não foi ouvido.

O gerente de um dos postos de combustíveis investigados conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV, nesta quinta-feira (28), e contou que não houve irregularidades. Segundo ele, as denúncias não passam de um mal entendido.

A polícia ainda está levantando quantos motoristas podem ter sido prejudicados e o montante arrecadado pelos postos ilegalmente.

"Exija os seus direitos, porque nós estamos chegando a um fato concreto, no nosso entender, que pode ser um conluio. Está combinado entre gerentes e frentistas esse tipo de prática, que acaba sendo uma prática criminosa, que engana os consumidores", ressaltou Vandinho Leite.

"A orientação que a gente faz é: procure a polícia, procure a Comissão de Defesa do Consumidor, procure o Procon. Denuncie! Se sentiu prejudicado em alguma situação, denuncie, porque nós vamos apurar. Não adianta a pessoa só reclamar num grupo de WhatsApp. Ela tem que formalizar essa denúncia quando ela se sentir prejudicada", completou Passamani.

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Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV

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