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"Mulas do tráfico": PF mira grupo no ES que recruta jovens para levar drogas ao exterior

Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo e Santa Catarina, expedido pela Justiça Federal de Vitória

Foto: Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (05), a Operação Qatar, com o objetivo de obter novos elementos de prova para desmantelar por completo um grupo criminoso dedicado ao tráfico internacional de drogas que recrutava jovens no Espírito Santo e em outros Estados para enviar quantidades de cocaína para a Europa, Oriente Médio e Ásia.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos estados do Espírito Santo e Santa Catarina, expedido pela Justiça Federal de Vitória.

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A investigação teve início com a prisão de três capixabas, no Aeroporto Internacional de Doha, no Catar, transportando aproximadamente 10 quilos de cocaína em suas bagagens, em um voo que deixou o Brasil com destino a Bangkok, na Tailândia.

A partir desse momento, foram estabelecidas medidas de cooperação internacional visando obter junto à autoridade responsável pela ação policial no país, todas as provas produzidas em território catari que pudessem ajudar a determinar os envolvidos no recrutamento de jovens (mulas) no Espírito Santo e em outras localidades do Brasil atuantes no tráfico internacional de drogas.

Os alvos principais da ação desta quarta-feira são os envolvidos diretamente no aliciamento dos jovens, na aquisição de passagens aéreas, preparação de malas com fundos falsos, designação de rotas, obtenção de documentação, dentre outras medidas necessárias para a manutenção do esquema criminoso.

Com as medidas cumpridas nesta manhã, a Polícia Federal considera que todos os integrantes do grupo criminosos envolvidos no episódio das mulas capixabas presas em Doha foram identificados e agora seguirão a disposição da Justiça Federal para responderem ao processo criminal.

Os investigados poderão responder pela prática do delito de associação para o tráfico e tráfico internacional de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem passar de 30 anos.

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