Polícia

"Era investigação", alega PM expulso por envolvimento em furto de armas na Serra

Alegando inocência, Machado fala pela primeira vez com a imprensa sobre a acusação de ter envolvimento com criminosos

Foto: TV Vitória
O crime ocorreu em julho de 2015

O subtenente expulso da Polícia Militar do Estado (PMES) na última quinta-feira (1º), Dulcindo do Carmo Machado, afirma que tem como provar que não teve envolvimento com o furto de armas na sede do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), na Serra. O crime ocorreu em julho de 2015.

Alegando inocência, Machado fala pela primeira vez com a imprensa sobre a acusação de ter envolvimento com criminosos. "Eu prefiro trabalhar de ajudante de pedreiro do que sair da polícia com uma mácula dessa", afirma.

Dulcindo tinha quase 30 anos de Polícia Militar. Ele entrou na corporação em 1989 e, há pouco tempo, se aposentou. Ele era subtenente no 4º Batalhão de Polícia Militar e foi expulso após a PMES concluir que o militar teve envolvimento com o crime. Sobre esse fato, Dulcindo diz que tem uma explicação.

"Em primeiro lugar, eu não estou envolvido com furto de arma. O que houve é que um membro que eu investigava estava envolvido nesse caso", fala.

O militar contou que tinha o costume de realizar investigações por conta própria. Por isso, na época em que o furto das armas aconteceu, ele estava em contato com um criminoso, se passando por policial corrupto, para conseguir informações privilegiadas.

"Eu fui pego no grampo porque eu estava pegando informações dele para repassar depois. Era investigação. E toda vez que eu fazia isso eu entregava para o meu comandante", diz Machado.

Dulcindo disse que mesmo antes de 2015 fazia investigações. "Algumas investigações que eu fiz antes desse fato, eu fiz por conta própria. Ano passado um cidadão esquartejou a esposa e eu ajudei a encontrar o cidadão, o que não foi levado em consideração", comenta Dulcindo.

Pela lei, o militar expulso ainda teria recursos. Porém, ele mesmo já não quer mais recorrer à Corregedoria da PMES, porque acredita que não está sendo julgado de forma justa. Por esse motivo, o militar analisa ir para a esfera judicial. Mesmo diante da exoneração do cargo, ele tem esperança de reverter a situação. "Eu espero a volta à Polícia Militar e o reconhecimento da minha inocência", revela Machado.

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