Polícia

Diretor de presídio e servidores da Sejus são investigados por favorecimento de detentos

Segundo o MPES, há indícios de que o diretor de um presídio, localizado da Serra, tenha cobrado valores de um detento, em troca de benefícios e regalias dentro da prisão

Foto: Divulgação

Uma operação para cumprir dois mandados de prisão preventiva contra dois servidores da Secretaria de Estado de Justiça do Espírito Santo (Sejus) foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (13), pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Na operação, denominada Hagite, ainda fez com que um terceiro funcionário fosse afastado da função e buscas estão sendo feitas em domicílios e repartições públicas.

Segundo o MPES, há indícios de que o diretor de um presídio, localizado da Serra, tenha cobrado valores de um detento, em troca de benefícios e regalias dentro da prisão. O esquema criminoso era feito em parceria com dois servidores, que atuavam no presídio de Colatina.

De acordo com informações preliminares, os detentos favorecidos eram transferidos da Serra para o presídio de Colatina, onde recebiam tratamento diferenciado, sendo colocados para trabalhar recebendo favores dos servidores investigados. 

A nota enviada a imprensa diz que "o Ministério Público obteve provas de ameaças a familiares dos internos para que as condutas praticadas não fossem denunciadas. Além disso, o MPES apurou que havia orientação formal para destruição de provas das condutas ilícitas perpetradas".

A operação conta com o apoio do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (Getep), com apoio da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), representada pela Diretoria de Inteligência Prisional (DIP), e pela Corregedoria do órgão e o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e a Corrupção (Nuroc). As investigações estão em curso para esclarecer outras denúncias relacionadas ao grupo criminoso.


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