Polícia

Estagiária de fórum no ES é presa suspeita de passar informações da Justiça para o tráfico

Estudante de Direito foi alvo da operação Grande Família, do Ministério Público. Segundo investigação, ela acessava o sistema judiciário e repassava dados para o grupo

Eduarda de Paula Neves

Redação Folha Vitória
Foto: Mayra Bandeira | TV Vitória
Fórum Desembargador Mendes Wanderley, no bairro Três Barras, em Linhares

Uma estudante de Direito e estagiária do Fórum de Linhares, de 19 anos, foi presa durante a operação "Grande Família" do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) e da Promotoria de Justiça de Linhares nesta quarta-feira (01).

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram

De acordo com o MPES, a operação tinha como objetivo apurar o envolvimento de pessoas com a prática dos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, entre outros, no município de Linhares, no Nordeste do Estado. A polícia realizou buscas no bairro Interlagos.

Segundo informações do processo, a estagiária trocava mensagens com outros envolvidos e auxiliava nos serviços do tráfico, além de acessar o sistema judiciário para repassar informações ao grupo.

Além disso, outras duas universitárias, de 21 anos, foram presas em um apartamento no bairro Bento Ferreira, em Vitória, durante a operação. Uma delas, que era alvo das buscas, era estudante do curso de Medicina em uma faculdade particular de Vitória.

A respeito da outra universitária, que não era alvo da operação, ela foi encaminhada para a delegacia junto com as drogas encontradas e liberada pelo delegado que fez o flagrante já que não faz parte da investigação.

Ao todo, quatro mulheres foram detidas durante a operação que teve início em agosto deste ano. Foram cumpridos mandados de buscas e apreensões e de prisões temporárias, com prazo de 30 dias, em desfavor delas. 

As suspeitas foram encaminhadas à unidade prisional feminina de Colatina, onde permanecem à disposição da Justiça. 

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) informou que assim que soube da prisão da estagiária, o responsável pela vara pediu a rescisão imediata do contrato e o bloqueio de acesso ao sistema. 

Ainda segundo o MPES, o nome da operação é uma referência a uma mensagem divulgada por um dos envolvidos, orientando aos demais a divulgarem que, além de uma quadrilha, formariam uma “grande família”.

As investigações vão continuar para que seja feita uma análise de todo o material apreendido, entre eles drogas e celulares. Outros detalhes do caso não foram divulgados para resguardar a efetividade da apuração.  






Pontos moeda