Dupla é suspeita de torturar mulher após sumiço de celular na Serra

O sumiço de um celular, durante um forró na Serra, resultou na tortura de uma auxiliar de lavanderia, de 28 anos. De acordo com a polícia, a vítima teria ficado com Juliano Lessa, de 25 anos, durante a festa. Depois que eles saíram da quadra onde acontecia o forró, a confusão começou.

Os dois teriam resolvido ir para o carro de Walter Alcântara Junior, de 43 anos, amigo de Juliano. Quando saíram do veículo, o jovem sentiu falta do celular e passou a afirmar que a vítima teria furtado o aparelho. Para exigir que ela devolvesse, decidiram prendê-la dentro do carro e teriam iniciado as agressões.

A jovem ficou com os olhos inchados, teve um braço quebrado, os lábios e a perna ferida. “Eu agradeço a Deus e aos policiais, pois eles foram anjos que caíram para me salvar. O mais agressivo era o Juliano, e o outro falava para não me deixar sair do carro. Eles trancaram até a porta e falavam que iriam me matar”, contou a jovem.

Os dois amigos foram levados para a delegacia. No carro havia marcas de sangue em uma das rodas. Imagens feitas com um celular também mostraram que o banco de trás do veículo estava sujo de sangue. A polícia acredita que seja da vítima. Nas agressões os dois usaram um capacete, além de um facão e um canivete. “Eu falei para eles voltarem para saber quem pegou. Eles contornaram, mas disseram que eu não sairia do carro”, disse a vítima.

Por volta das 04h30, o Ciodes recebeu a informação de que uma mulher tinha sido sequestrada no bairro. Policiais militares que faziam patrulhamento viram o carro parado na esquina e os dois homens do lado de fora do veículo. Quando chegaram, a vítima quase não tinha forças para falar. 

Ela foi socorrida para o Pronto Atendimento (PA) de Serra-Sede e de lá foi encaminhada para o Hospital Jayme Santos Neves. Depois de receber alta, ela foi levada pela polícia para prestar depoimento na Delegacia Regional da Serra.