Polícia

Gerente e mais três são indiciados por explosão que matou nove pessoas em plataforma do ES

Um dos indiciados é o gerente da plataforma que responderá por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Os outros três irão responder por homicídio culposo e negligência.

Navio-plataforma explodiu em fevereiro Foto: Arquivo/Reprodução

Quatro pessoas foram indiciadas pela explosão do navio-plataforma Cidade São Mateus, da BW Offshore, em fevereiro de 2015. A explosão matou nove pessoas e deixou 26 feridas. Os nomes dos indiciados não foram divulgados.

Um dos indiciados é o gerente da plataforma, que é filipino, e responderá por homicídio doloso, ou seja, quando há a intenção de matar. Já que o gerente, que segundo a polícia, saberia do risco da explosão. Os outros três indiciados também são estrangeiros, um filipino, um russo, e um polonês. Eles irão responder por homicídio culposo e negligência.

O inquérito, que foi concluído, será encaminhado para o Ministério Público Federal (MPF), na próxima quinta-feira (17). Após diligências e exames periciais, a Polícia Federal chegou à conclusão de que a explosão foi um crime de homicídio. O acidente aconteceu no dia 11 de fevereiro.

Veja imagens da destruição do navio-plataforma

Ainda segundo a Polícia Federal, uma sucessão de erros, que envolveram falhas técnicas de procedimentos e de tomada de decisões, é o que resume a explosão. De acordo com o relatório, várias normas de segurança não foram cumpridas.

Uma reconstituição revela que logo após a falha na casa de bombas, uma equipe foi enviada ao local para realizar a manutenção. Mesmo com uma das bombas vazando e o risco de explosão, parte da equipe foi liberada para almoçar. Um minuto depois, teria acontecido a explosão.

A plataforma era operada pela BW Offshore, afretada pela Petrobras. A FPSO recebeu declaração de conformidade da Marinha em 2015, e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fez uma atualização de documentação marítima, em setembro de 2014. Entretanto, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Espírito Santo (Crea-ES), a empresa BW Offshore não tinha registro no órgão e, portanto, estava atuando irregularmente.

A plataforma produzia 2,25 milhões de metros cúbicos de gás por dia e 350 metros cúbicos de óleo por dia.

Com informações da Agência Brasil.

O gerente da plataforma foi indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção Foto: Arquivo/Divulgação/CPES
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