Polícia

Grávida perde o bebê após ser agredida pelo ex em Vila Velha

Ela foi levar o exame de gravidez para o suspeito, que rasgou a ultrassonografia

Uma mulher, grávida de três meses, perdeu a criança após ser agredida pelo ex-companheiro. O crime aconteceu no final da tarde da última quinta-feira (7), em Vila Velha

A vítima, uma dona de casa de 20 anos, tinha a esperança de que a gestação poderia reaproximar o casal. Por isso, no dia do crime ela procurou o companheiro com a ultrassonografia, mas a recepção não foi a que ela esperava. "Ele falou que não queria saber, rasgou a ultrassom e que ia querer DNA", disse a vítima.

A exaltação ultrapassou o limite da discussão e acabou virando agressão física. "Ele me empurrou, me pegou pelos cabelos, me deu chute na perna, machucou as minhas costelas e quando eu caí no chão ele pisou nas minhas costas", contou a mulher.

Sozinha e sem conseguir ajuda, a mulher ligou para a polícia. A PM chegou, mas o suspeito permanecia alterado. De acordo com ela, não queria que a ocorrência fosse registrada. Até para a ex-sogra ele telefonou. "Os policiais estavam lá com ele e ele ligou para mim e falou que se eu não fosse buscar a minha filha ela ia sair no rabecão. E os policiais estavam lá com ele", afirmou a mãe da jovem.

Mesmo diante da ameaça a ocorrência foi registrada. A vítima e o acusado foram levados para o Plantão Especializado da Mulher. De acordo com a polícia, enquanto estava na delegacia, a gestante começou a reclamar de dores. Ela foi levada até o banheiro, onde percebeu um grande sangramento. Ela não conseguiu nem prestar depoimento, pois teve que ser levado às pressas para o hospital.

Na manhã desta sexta-feira (8), uma nova ultrassom foi realizada. "Os médicos tentaram me tranquilizar e falavam que não estavam achando o coração, mas que era para eu ficar tranquila. Mas eu perdi [a criança]", disse.

O homem foi ouvido e autuado. Durante a manhã foi levado para o Centro de Triagem de Viana. Mesmo com a prisão, a mãe da vítima teme que ele cumpra com a ameaça feita à filha. "Eu não quero que essa pessoa fique ameaçando a minha filha. Ela não pode ser mais uma vítima", destacou.

Ela disse que não aprovava o relacionamento da filha. Segundo a dona de casa, a união sempre foi conturbada e marcada por violência. "Já tiveram umas duas ou três agressões", contou a mãe.

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