Polícia

Espírito Santo registra mais de 400 desaparecidos neste ano; 100 pessoas ainda não foram encontradas

Na Grande Vitória, o município que lidera o número de registros de desaparecimentos é Serra com 120 casos

Foto: Reprodução / TV Vitória

Mistério e medo. É com isso que convivem pelo menos 100 famílias capixabas, que tem algum parente desaparecido. Uma dessas famílias é a do motoboy Emerson Arruda Vieira, de 24 anos. Nesta quinta-feira (10), faz um mês que o rapaz desapareceu após fazer uma entrega no Condomínio Ourimar, na Serra. Desde então, ninguém tem mais noticias do jovem.

Segundo o delegado que investiga o caso, Wanderson Prezotti, ainda não há notícias sobre o paradeiro do motoboy.

Além de Emerson, outras 99 pessoas continuam desaparecidas no Espírito Santo. Somente neste ano, foram registrados 410 desaparecimentos. Mais de 300 pessoas foram encontradas e 16 estavam mortas. Ainda de acordo com o delegado, a maior parte dos desaparecimentos tem uma situação em comum: são pessoas que fugiram de casa.

"Muita das vezes se trata de um mal entendido dentro da residência, uma falta de diálogo e essas pessoas, por alguma razão, acham que sair de casa e o melhor caminho", afirmou.

Na Grande Vitória, o município que lidera o número de registros de desaparecimentos é Serra com 120 casos. Em seguida, Vitória com 88. Cariacica e Vila Velha aparecem com 77 casos, cada.

Para auxiliar o serviço da polícia na procura por essas pessoas a Polícia Civil disponibilizou um canal de mensagens instantâneas. Para pessoas que estão há menos de 30 dias desaparecidas, os familiares e/ou amigos devem ligar para o número (27) 3137-9127. 

Para desaparecidos há mais de 30 dias, o número para atendimento online é (27) 3225-8260, neste caso o contato será direcionado para o aplicativo Whatsapp. Vale lembrar que as informações são enviadas de forma anônima.

O delegado Wanderson aponta alguns indícios sobre os casos de desaparecimento. Ele pede para que as pessoas observem, por exemplo, a quebra de rotina de pessoas próximas. O delegado também afirma que não é necessário esperar 24h para alertar a polícia.

* Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV.

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