Polícia

"Deu ruim": baile funk acaba com 25 presos e 9 carros apreendidos em Vila Velha

De acordo com a Polícia Civil, a operação resultou em 25 detenções. Alguns dos detidos estavam com madado de prisão em aberto, outras, serão autuadas em flagrante

Armas de fogo ponto 40, nove milímetros, munições e drogas foram apreendidas na operação Foto: TV Vitória

A operação da Polícia Civil que deixou um jovem baleado no braço e e outro ferido em um baile funk do bairro Itaparica, em Vila velha, na madrugada desta sexta-feira (17), resultou em 25 detenções. Alguns dos detidos estavam com mandado de prisão em aberto, outras, serão autuadas em flagrante.

Além dos 25 detidos, a polícia apreendeu nove veículos, dois destes com restrição de furto, além de armas de fogo ponto 40, nove milímetros, munições e drogas. As informações são da Polícia Civil.

"Nós recebemos várias informações de que existia naquela boate, várias situações de crime, inclusive a posso e porte de substância entorpecente, armas de fogo e foragidos da Justiça", afirma o delegado-chefe da Polícia Civil, Joel Lyrio.

A ação foi realizada por 60 policiais da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha (DCCV), de Cariacica e também do Grupo de Operações Táticas (GOT), com o apoio de 30 homens da Guarda Municipal de Vila Velha.

Para a operação, agentes da Guarda Municipal interditaram as ruas ao redor do estabelecimento. Segundo os proprietários da boate, aproximadamente mil pessoas estavam no local e todas foram revistadas.

Rapaz atingido por balas de borracha

O tênis do irmão da vítima que foi baleada ficou com marcas de sangue Foto: Reprodução/TV Vitória

O vendedor de 21 anos não foi o único ferido durante a operação policial no baile funk de Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. 

A outra vítima foi o estudante Thiago Sampaio. O jovem reclamou da forma como a ação foi realizada e afirma que foi atingido por balas de borracha nas pernas. “Foi apavorante, o poder público não tem o procedimento certo, eles já chegaram atirando. Tinham mais de 500 pessoas dentro do estabelecimento e os policias deram vários tiros. Jogaram gás lacrimogênio. Nem todo mundo que freqüenta a casa é bandido. 

Durante a operação – realizada nas proximidades e dentro da boate – todos os frequentadores do local foram revistados, uma estratégia para que a polícia conseguisse deter suspeitos de crimes. Pelo menos 20 pessoas foram levadas para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Vitória.

Um dos motivos que motivaram a ação da polícia foi a denúncia de que suspeitos de homicídios frequentariam a boate. 

Entenda o caso

Operação aconteceu em uma casa noturna em Itaparica, em VV Foto: Marcelo Rosa/WhatsApp Folha Vitória

Pelo menos 20 pessoas foram detidas durante a operação policial em um baile funk na madrugada desta sexta-feira (17), no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha.

A ação, acompanhada com exclusividade pela equipe da TV Vitória, foi realizada por 60 policiais da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha, de Cariacica e também do Grupo de Operações Táticas (GOT), com o apoio de 30 homens da Guarda Municipal de Vila Velha, e teve o objetivo de combater o tráfico de drogas, apreender armas e capturar prender suspeitos de homicídio.

Para a operação, agentes da Guarda Municipal interditaram as ruas ao redor do estabelecimento. Segundo os proprietários da boate, aproximadamente mil pessoas estavam no local e todas foram revistadas, inclusive as mulheres. Quem estava com chave de carro, também teve o veículo revistado. 

Logo na primeira abordagem, os policiais encontraram uma pistola 9 mm em um carro estacionado próximo ao baile funk. Outras três armas de fogo também foram apreendidas. Um dos objetos estava no veículo de um rapaz que tem oito passagens pela Justiça. 

Durante a operação, o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado, já que houve uma denúncia de que criminosos iriam colocar fogo no local para atrapalhar o trabalho da polícia.

De acordo com o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, o estabelecimento é regularizado, mas operações similares devem acontecer em outros locais do município. "Esse estabelecimento está regularizado, embora a medição dos decibéis esteja acima do padrão permitido. Nós temos leis, nós temos que fazê-los cumprir e vamos apertar, cada vez mais, a fiscalização nesses estabelecimentos", disse.

Por volta das 4h30, os policiais entraram na boate. Muitas pessoas tentaram fugir pela saída de emergência e houve correria. Alguns freqüentadores acabaram feridos no tumulto e foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo informações da Polícia Civil, os detidos e os materiais apreendidos foram inicialmente levados para uma delegacia móvel, estacionada próximo a boate e depois serão encaminhados a delegacias especializadas.

Boate se pronuncia

Segundo o advogado contratado pelos donos da boate, Henrique Rosa, os proprietários devem se manifestar em um momento oportuno. Sobre a segurança no local, o advogado disse que, geralmente, as pessoas não entraram portando armas na boate. “Nós avaliamos positivamente a operação, porque é um dever da polícia fazer esse tipo de ação. Achamos inclusive que isso vai melhorar a freqüência da casa. Nós queremos que as pessoas que frequentam a boate se sintam seguras. Para isso, nós temos a segurança própria. Não foi encontrada nenhuma arma dentro da boate”, disse.

Para o advogado, a forma como a polícia atuou na boate precisa ser revista. “Precisamos melhorar alguns aspectos, porque entendi que foi desnecessária a invasão da boate com o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha. Frequentadores ficaram feridos. Isso pode ser ajustado no futuro e resultar em benefício para a sociedade. Queremos ver a polícia agindo, mas usando a força proporcional”, afirma.

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