
A operação Baest, deflagrada na manhã desta quarta-feira (14), no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, bloqueou mais de R$ 100 milhões em bens de envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro.
No Espírito Santo, a operação se focou nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra e Guarapari e teve como alvo das investigações empresários, uma advogada e um coronel da reserva da Polícia Militar. Ao todo, são 20 investigados.
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Em todo o Brasil, são mais de 100 policiais civis, cumprindo 25 mandados de busca e apreensão, 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis e 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões.
A gente conseguiu cumprir esses mandados de busca e apreensão, tanto aqui no Espírito Santo, no Paraná, Mato Grosso do do Sul e Minas Gerais. Percebemos ali também a apreensão de oito veículos de luxo, cinco armas de fogo, joias, criptomoedas também foram apreendidas durante a ação, relatou o delegado Alan Andrade.
Segundo a Polícia Civil, os investigados lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Na manhã desta quarta-feira (14), foram apreendidos 12 veículos de luxo, cinco armas de fogo, nove imóveis, além de joias, obras de arte, criptomoedas e até garrafas de vinho.
Empresários são de vários ramos de atuação
Os empresários investigados são de vários ramos de atuação, como comércio imobiliário, automotivo e de materiais de construção.
Segundo o delegado, eram realizados vários procedimentos de lavagem de dinheiro entre os investigados e o PCV.
A principal técnica é o smurfing, que consiste em pegar uma grande quantia em dinheiro, pulverizar em diversas contas menores e, depois, esse dinheiro acaba sendo aglutinado em uma conta destino. Ou, então, como compra e venda de veículos ou imóveis. Esse dinheiro também era encaminhado para regiões limítrofes do Brasil, onde compravam mais drogas e armas e abasteciam o tráfico de drogas capixaba.
Andrade relatou que as investigações tiveram início em 2023 e na casa do ex-coronel da PM foram encontrados diversos documentos e contratos que servem como provas dos crimes. Estas provas serão averiguadas nas próximas etapas.
A Operação Baest é uma parceria entre a Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corporação informou que as diligências estão em andamento e os resultados serão repassados após a finalização da operação.
A Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) foram procurados para um posicionamento a respeito dos investigados, tanto o coronel quanto a advogada, mas ainda não responderam até o fechamento da reportagem. O texto será atualizado.
*Com informações da repórter Suelen Araújo, da TV Vitória/Record