Operação contra tráfico de aves na Serra resgata 11 pássaros com sinais de maus-tratos

Uma operação contra o tráfico de aves acabou na prisão de duas pessoas no bairro Santo Antônio, na Serra. Além dos pássaros, a Polícia Militar Ambiental também encontrou drogas na casa dos suspeitos, sendo um homem de 61 anos e uma mulher de 35 anos.

Os dois foram conduzidos à delegacia após serem encontrados com 11 pássaros mantidos em situação irregular no imóvel.

Segundo a sargento Coelho, da Polícia Militar Ambiental, todos os animais são comercializados por altos valores e foram encontrados em situação de maus-tratos e sem anilhas de identificação.

“Nós chegamos ao local, demos uma olhada na parte externa da casa e logo visualizamos as gaiolas na varanda, vários pássaros silvestres mantidos em cativeiro, um deles com a anilha rompida, um outro pássaro com sinal de maus-tratos, com um machucado na cabeça. Também constatamos que as gaiolas estavam em condições de higiene inadequadas”, contou.

A sargento detalhou que o idoso se apresentou como dono dos animais, mas não soube dizer a origem das aves e não possuía nenhum tipo de autorização para manter os pássaros em casa.

Além disso, ele não soube responder por que um dos animais estava ferido ou a localização das anilhas de identificação. Dentre as aves apreendidas estavam duas araras-canindé.

“Foi perguntado a ele se possuía autorização e registro dos órgãos ambientais competentes, o mesmo disse não possuir e nem soube informar por que a anilha estava rompida ou por que o animal estava com sinal de maus-tratos”, disse a sargento.

Crack, maconha e cocaína apreendidos

Drogas foram encontradas na casa onde estavam os suspeitos. Segundo a policial, assim que os policias se aproximaram, dois homens conseguiram fugir do imóvel.

Foram encontrados crack, maconha, cocaína e três celulares, além de embalagens e facas, utilizadas para fazer a separação das drogas.

O homem e a mulher foram levados para a Delegacia Regional da Serra, assim como as aves menores. As araras foram encaminhadas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para receberem tratamento.

*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record