
Uma servidora do INSS foi afastada temporariamente do cargo por suspeita de envolvimento em um esquema de fraudes na concessão de benefícios previdenciários. A medida foi adotada nesta quinta-feira (11), durante a Operação Illicitus, conduzida pela Polícia Federal, que também cumpriu cinco mandados de busca e apreensão no Espírito Santo.
Segundo a Polícia Federal, a investigação começou após o Núcleo de Inteligência da Previdência Social identificar que a servidora teria habilitado e deferido benefícios contendo certidões de casamento falsas e até pedidos feitos em nome de pessoas já falecidas.
As primeiras análises demonstraram fortes indícios de manipulação de dados, concessões irregulares e uso indevido de credenciais internas, conforme a corporação.
Com a suspeita levantada, a Força-Tarefa Previdenciária, composta pela Polícia Federal e pelo Ministério da Previdência Social, realizou uma varredura em outros processos sob responsabilidade da investigada.
Os levantamentos indicaram que ela agendava atendimentos fora do horário de expediente e inseria informações no sistema utilizando dados de uma despachante, que também é investigada por participação direta nas fraudes.
Prejuízo pode chegar a milhões de reais
Os prejuízos iniciais somam cerca de R$ 200 mil, mas a Polícia Federal afirma que, com o avanço das diligências, o rombo aos cofres públicos pode chegar a milhões de reais, considerando a quantidade de benefícios suspeitos.
A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e mapear completamente a extensão das irregularidades.
Os investigados podem responder por falsificação de documentos, uso de documentos falsos, estelionato previdenciário e inserção de dados falsos em sistema de informação.