O pintor pintor Fernando da Silva Santos foi morto a tiros. Foto: Reprodução/Instagram @_fsconstrucoes
O pintor pintor Fernando da Silva Santos foi morto a tiros. Foto: Reprodução/Instagram @_fsconstrucoes

O pintor Fernando da Silva Santos, de 33 anos, foi morto a tiros após uma confusão envolvendo um policial militar, de 23 anos, e um terceiro homem na rua 23 de Outubro, no bairro Grande Vitória, em Vitória, na noite de domingo (16).

Horas antes do crime, Fernando aparecia em vídeos ao lado de amigos, celebrando o aniversário de um familiar.

De acordo com testemunhas e familiares, a briga começou quando um homem, supostamente sob efeito de drogas, discutiu e entrou em luta corporal com Fernando. Esse homem teria ido em casa, buscado um facão e voltado ao local, continuando a discussão até uma das esquinas da rua.

É nesse momento que, segundo a família de Fernando, o policial militar, que é soldado do 1º BPM, entra na história. Eles afirmam que o policial teria “tomado as dores” do homem que estava sob efeito de drogas e atirado contra Fernando.

O pai do pintor diz que o policial não estava na festa e que teria sido chamado por outra pessoa, e contesta a versão do suspeito.

Veja vídeo:

A versão do policial

A versão apresentada pelo soldado aos colegas que atenderam a ocorrência é totalmente diferente. Ele afirma que estava na casa do tio, na mesma rua, e que ao sair teria visto Fernando segurando uma arma.

Segundo o policial, após ordenar que Fernando largasse o objeto, o pintor teria avançado em sua direção. Diante disso, o soldado afirma ter efetuado os disparos. A suposta arma usada por Fernando era, na verdade, uma arma falsa, apreendido pela polícia e levado à delegacia.

O pai do pintor contesta categoricamente essa versão e afirma que o filho não estava armado.

Os disparos e a reação dos moradores

Fernando foi atingido por quatro tiros: nas costas, no antebraço, no tórax e no rosto. A violência da morte revoltou moradores do bairro, que afirmam que o pintor era querido na comunidade e trabalhava há mais de 20 anos na área.

Segundo a Polícia Militar, após o ocorrido, o próprio soldado chamou o 190 pedindo reforço, alegando que moradores estavam ameaçando atacá-lo. Viaturas foram enviadas ao local para evitar um confronto maior.

Comoção e homenagens

Fernando era pai de três filhos. Nas redes sociais da empresa fundada por ele, uma homenagem destacou seu legado profissional.

“A FS nunca foi apenas uma empresa de construção. Por trás dela estava Fernando Silva: um profissional dedicado, incansável na busca por seus objetivos… responsável por transformar em realidade o sonho de tantas pessoas.”

Investigação

Em nota, a PM informou que tem ciência do fato e que todas as medidas necessárias serão adotadas para apurar o caso e verificar o grau de envolvimento do policial militar citado.

“A Corregedoria da Polícia Militar reforça seu compromisso com a transparência e com a prestação de informações aos veículos de imprensa. Todas as denúncias que envolvem policiais militares, durante a execução do serviço ou não, são devidamente apuradas pela Corporação. Todos os procedimentos legais são garantidos às partes envolvidas, assegurando a lisura das apurações. Sobre os questionamentos, a Corregedoria informa que tem ciência do fato e que todas as medidas cabíveis serão adotadas para apurar o caso e verificar o grau de envolvimento do policial militar citado”, diz a nota.

A Polícia Civil informou que o policial militar foi conduzido à Delegacia Regional de Vitória. O nome dele não está sendo divulgado porque ele foi ouvido e liberado, já que a autoridade policial entendeu que o militar agiu em legítima defesa. A arma dele foi apreendida.

O caso seguirá sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo do pintor foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.  

*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record

Redação Folha Vitória

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Redação Folha Vitória é a assinatura coletiva que representa a equipe de jornalistas, editores e profissionais responsáveis pela produção diária de conteúdo do Folha Vitória. Comprometida com a excelência jornalística, a equipe atua de forma integrada para garantir informações precisas, atualizadas e relevantes, sempre alinhada à missão de informar com ética, democratizar o acesso à informação e fortalecer o diálogo com a comunidade capixaba. O trabalho do grupo reflete o padrão de qualidade da Rede Vitória de Comunicação, consolidando o veículo como referência em jornalismo digital no Espírito Santo.

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