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Polícia Civil investiga 'open bar' para adolescentes em Itapeva

Polícia Civil investiga ‘open bar’ para adolescentes em Itapeva Polícia Civil investiga ‘open bar’ para adolescentes em Itapeva Polícia Civil investiga ‘open bar’ para adolescentes em Itapeva Polícia Civil investiga ‘open bar’ para adolescentes em Itapeva

Sorocaba – A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira, 27, contra os responsáveis por uma festa “open bar” que reuniu mais de 100 adolescentes com idade entre 12 e 16 anos, no último fim de semana, em Itapeva, no sudoeste paulista. Bebidas como vodca e energéticos eram servidas à vontade. Três adolescentes foram socorridos em coma alcoólico e um deles, de 13 anos, permaneceu dois dias internado na Santa Casa da cidade.

O evento tinha o nome de “Blackout” porque, a cada 20 minutos, as luzes do salão eram apagadas e o DJ dava a dica para “cada um fazer o que quiser”.

A festa começou no sábado, 25, e se estenderia até domingo, 26, mas foi interrompida pelo Conselho Tutelar, como apoio da Guarda Municipal, depois que o adolescente de 13 anos foi encontrado desmaiado no salão. O menino contou à mãe, uma doméstica de 49 anos, que havia bebido uma garrafa de vodca pura.

A Polícia Civil começa a ouvir os envolvidos nesta quarta-feira, 29. Segundo o delegado José Carlos Bertolucci, foram expedidas intimações para os participantes – já identificados – e os pais dos adolescentes.

O delegado vai ouvir também os organizadores da festa – um rapaz de 18 anos que alugou o salão e um empresário de 41 anos que fez a divulgação do evento nas redes sociais.

Também serão intimados a prestar esclarecimentos os representantes da Associação dos Funcionários da Sabesp, entidade que é dona do salão e não tem vínculo com a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp). O local não tinha licença para realizar festas, e o prédio estava com o alvará do Corpo de Bombeiros vencido desde maio.

De acordo com o delegado, os organizadores podem responder por fornecer bebidas alcoólicas a menores, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A prefeitura informou que não tinha conhecimento da festa e que vai encaminhar o caso à Promotoria da Infância e da Juventude. O salão de festas foi interditado.