Polícia

Polícia conclui que soldado da PM assassinado em Marataízes foi vítima de latrocínio

De acordo com o delegado Djalma Lemos, oito pessoas foram indiciadas e cinco já estão presas. Três envolvidos diretamente na morte de Eduardo Júnior continuam foragidos

Polícia conclui que soldado da PM assassinado em Marataízes foi vítima de latrocínio Polícia conclui que soldado da PM assassinado em Marataízes foi vítima de latrocínio Polícia conclui que soldado da PM assassinado em Marataízes foi vítima de latrocínio Polícia conclui que soldado da PM assassinado em Marataízes foi vítima de latrocínio
Eduardo Júnior foi assassinado no último dia 10 Foto: Reprodução

A polícia concluiu que o soldado da Polícia Militar, Eduardo Junior, morto a tiros no último dia 10, em Marataízes, no sul do Estado, foi mesmo vítima de latrocínio – roubo com morte. De acordo com o delegado Djalma Lemos, um dos responsáveis pela investigação do caso, a primeira parte do inquérito sobre o crime foi concluída nesta sexta-feira (20) e encaminhada à Justiça.

Segundo o delegado, oito pessoas, entre elas o taxista Benjamin Martins, que dirigia o veículo utilizado pelos assassinos do PM, foram indiciadas por formação de quadrilha. Dessas, quatro tiveram envolvimento direto na morte do policial e foram autuados por latrocínio. 

Segundo o delegado, Benjamin Martins não teve participação direta na morte do soldado Eduardo, mas também foi autuado por roubo qualificado, já que participou do roubo do carro do policial – um Toyota Corolla prata, e por notificação falsa de crime, pois teria passado informações erradas à polícia, dificultando a investigação.

“O Benjamin era quem conduzia o carro utilizado no assalto e que fechou o veículo conduzido pela vítima. Então ele tem envolvimento no roubo. Além disso, ele induziu a polícia a fazer a investigação em locais errados, o que atrasou o nosso trabalho”, destacou Djalma.

Além do taxista, estão presos Bruno Santos Silva, Lucas Gomes, Alan Vitor Porto Paz e Alef de Oliveira. Desses, segundo a polícia, apenas Lucas tem envolvimento direto com o assassinato do soldado e com o incêndio do carro dele, ocorrido em Vargem Alta.

“Eles viram que precisavam se livrar do carro. Então, para tentar desviar o local da investigação, eles levaram o veículo até Vargem Alta e o incendiaram lá”, explicou Djalma.

Maurício (de boné) e Vinícius continuam foragidos Foto: Divulgação/PC

Segundo o delegado, continuam foragidos Maurício Fraga Fernandes, o “Mau-Mau”; Vinícius da Silva Sartório, vulgo “MP” (Matador de Policial); e Leandro Maia, conhecido como “Leandro Macaco”. Todos eles, de acordo com a polícia, estão diretamente envolvidos com a morte de Eduardo Júnior e foram indiciados por latrocínio.

Outro responsável pelas investigações, o delegado Edson Lopes disse à TV Vitória/Record que ainda não tem previsão de quando vai concluir a segunda etapa do inquérito, porque novas prisões devem acontecer. Segundo ele, uma operação foi realizada no bairro Zumbi, em Cachoeiro, nesta sexta-feira.  

O crime

O policial foi sequestrado na noite do último dia 10, quando estava dentro de seu carro e foi abordado por quatro homens armados em Marataízes. Os bandidos estavam em um táxi, conduzido por Benjamin Martins. 

O taxista disse que teria sido sequestrado e obrigado a levar os assaltantes até o carro onde estava o policial. Ele contou que foi liberado e teria acionado a polícia. Os bandidos teriam embarcado em Cachoeiro de Itapemirim e seguido até Marataízes no táxi de Benjamin.

Durante a madrugada, o carro em que Eduardo estava foi encontrado queimado em Vargem Alta. Já o corpo do soldado foi encontrado pela manhãem um canavial na localidade de Brejo Grande do Sul, em Itapemirim.