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Polícia indiciará três suspeitos por morte de Bernardo

Polícia indiciará três suspeitos por morte de Bernardo Polícia indiciará três suspeitos por morte de Bernardo Polícia indiciará três suspeitos por morte de Bernardo Polícia indiciará três suspeitos por morte de Bernardo

Porto alegre – Os três suspeitos de envolvimento com o assassinato do menino Bernardo Boldrini serão indiciados por homicídio, mas a Polícia Civil ainda não estabeleceu qual foi a responsabilidade de cada um na execução do suposto plano, na omissão de informações e na ocultação do cadáver. Fontes ligadas à investigação confirmam que “há elementos de crime triplamente qualificado”, ressalvando, no entanto, que falta definir se essa acusação será feita contra todos ou contra parte dos acusados.

O cruzamento de informações colhidas em depoimentos, documentos, gravações e laudos de perícia, que a polícia faz nos próximos dias, deve esclarecer se o crime tem agravantes como planejamento prévio, motivo fútil, execução com frieza de vítima indefesa, aplicação de injeção letal, ocultação de cadáver e omissão de informações e quem fez o que em cada etapa da trama.

O inquérito será concluído na terça-feira, mesmo dia em que vence o prazo da prisão temporária do pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, da madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini e da assistente social Edelvânia Wirganovicz. A polícia não descarta pedir a prisão preventiva, que tem tempo indeterminado.

Pelas informações já divulgadas pela polícia, Bernardo acompanhou a madrasta em viagem de Três Passos, onde a família mora, a Frederico Westphalen, a 80 quilômetros, no dia 4 de abril. Na cidade vizinha, câmeras de segurança captaram imagens de Graciele embarcando em um automóvel com Edelvânia e Bernardo e das duas voltando sem o garoto. O corpo foi encontrado enterrado em meio a um matagal no dia 14.

O pai alega inocência e anunciou, por seus advogados, que pedirá separação da madrasta. A enfermeira disse que o garoto morreu por ingestão “acidental” de calmantes que deu a ele e isentou o médico de culpa. A defesa sustenta que a assistente social não participou do “evento morte”, mas admite que ela ajudou a ocultar o cadáver.