
As investigações da morte de Iraci de Souza Teixeira, de 66 anos, são realizadas pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Até o momento, a polícia não descarta hipóteses para a motivação, incluindo latrocínio e feminicídio.
O corpo da diarista foi encontrado enterrado em uma cova rasa na manhã de quinta-feira (1º), em uma área de mata às margens da Rodovia Leste-Oeste, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha. A perícia no local identificou ferimentos na cabeça e que Iraci estava com pés e mãos amarrados por uma camisa branca.
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Um homem armado foi preso por policiais militares no bairro pouco após o corpo ter sido encontrado. Ele chegou a ser apontado como suspeito do crime, inicialmente. No entanto, o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, informou que ao ser ouvido na delegacia o homem disse que não conhecia Iraci. “A princípio, não tem envolvimento com o crime”, disse.
O delegado-geral explicou que a equipe de DHPM segue em busca de imagens de câmeras de videomonitoramento e de informações que auxiliem nas investigações para identificar a autoria e motivação.
“Como ela saiu de casa com o cartão e ele não foi encontrado, o latrocínio não é descartado, também homicídio e feminicídio. Nada pode ser subestimado. Tudo vai ser checado e trabalhado. O relatório que a Delegacia de Pessoas Desaparecidas fez é importante também”, frisou Arruda.
Até o início da tarde desta sexta-feira (02), o corpo de Iraci seguia no Instituto Médico Legal (IML), em Vitória, para passar por exames que devem apontar a causa da morte da diarista.
“Não houve paralisação de serviço”, garante delegado-geral
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, também comentou sobre as reclamações de familiares de que as buscas seriam suspensas por conta do feriado. “Não houve paralisação de serviços em momento algum”, garantiu.
Arruda ainda destacou que se houve alguma fala nesse sentido, por parte dos policiais, que o caso será levado para a Corregedoria da Polícia Civil para ser apurado.
“A gente entende o sofrimento da família, a gente se solidariza também e damos os nossos sentimentos, porque não era isso que a gente queria. A gente queria encontra dona Iraci viva. A equipe trabalhou terça-feira e quarta-feira com Corpo de Bombeiros. Se alguém falou isso, foi uma fala isolada que não se adequa ao todo. A Polícia Civil não para, ela trabalha 24 horas. A equipe trabalhou até meia-noite em buscas de câmeras e em novas diligências. Foi combinado que, no dia seguinte, encontraria o Corpo de Bombeiros para fazer novas buscas. Mas o rapaz que achou o corpo, participou das buscas no dia anterior, conhece bem a região, foi antes ao local e encontrou o corpo”, disse.
Relembre
A diarista Iraci de Souza Teixeira, conhecida como Graça, de 66 anos, desapareceu após deixar o condomínio onde morava, no bairro Vale Encantado, em Vila Velha, no último sábado (26).
Imagens de videomonitoramento do condomínio mostram que ela saiu do local com roupas utilizadas para pratica de exercício físico.
Ao longo da semana, familiares e amigos se mobilizaram para realizar buscas pela diarista. O desaparecimento também foi registrado na Polícia Civil.
Na tarde de quarta-feira (30), cães farejadores auxiliaram a polícia e o Corpo de Bombeiros nas buscas por Iraci. Os trabalhos se concentraram na região perto de onde ela foi encontrada morta na quinta-feira (1º).