
A Polícia Civil prendeu sete pessoas envolvidas na morte de Marcelo Henrique Dias Pereira Rodrigues, de 14 anos. O crime aconteceu no dia 9 de março de 2025, no bairro Grande Vitória, em Vitória.
Quatro homens são apontados como mandante, executores e responsável por atrair a vítima. Outras três mulheres foram presas por coagir e agredir testemunhas do caso. As prisões acontecerem por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Foram presos:
- Vitor Blennon Pinheiro de Oliveira, 32 anos – mandante do crime, conhecido como “Queimadinho”
- Wendel da Silva Oliveira, 23 anos – executor, conhecido como “Nego Wendel”
- Richard Barreto de Oliveira, 22 anos – executor, conhecido como “RB”
- Pedro Henrique Caetano dos Santos Leite, 18 anos – responsável por atrair a vítima, conhecido como “BGV”
- Katliney Possimoser da Silva, 26 anos – esposa do mandante
- Keronllin Possimoser da Silva, 25 anos – cunhada do mandante
- Mayla Mattiuzzi Vieira Rocha, 28 anos – amiga das duas anteriores
Wallace de Oliveira da Silva, de 20 anos, apontado como um dos executores do adolescente, segue foragido.
Morte por causa de dívida com traficantes
O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, delegado George Zan, relatou que o jovem trabalhava para seus executores no tráfico da região.
O adolescente era subordinado aos executores no tráfico local e houve um desacerto por causa de uma dívida de drogas. Ele foi atraído por um dos envolvidos e executado por outros três, afirmou.
O delegado explicou que dias antes do crime, a vítima teve uma discussão com um dos executores, Wendel, e os dois chegaram a se agredir mutuamente. Poucos dias depois, o adolescente foi assassinado.
“Identificamos o mandante, os executores e quem atraiu a vítima. As prisões ocorreram no início de abril. Durante o cumprimento dos mandados, encontramos também grande quantidade de drogas e material de tráfico com os investigados”, completou o delegado.
Veja o vídeo:
Advogado é investigado por facilitar coação de testemunhas
A Polícia Civil também apura a conduta do advogado de Vitor Blennon, identificado como Maycon Costa de Oliveira. Segundo as investigações, ele teve acesso antecipado aos depoimentos das testemunhas e compartilhou os documentos com familiares do mandante.
“Esse material foi usado para ameaçar e agredir as testemunhas. Uma delas é uma adolescente de 16 anos com deficiência intelectual, que presenciou parte do crime e foi espancada. Outra vítima foi a mãe do adolescente assassinado, que teve que deixar sua casa e fugir do bairro”, afirmou o delegado Jorge Zan.
As três mulheres presas no dia 15 de abril foram apontadas como responsáveis pelas agressões. Uma delas também foi autuada por tráfico de drogas, após a polícia encontrar entorpecentes e materiais relacionados ao comércio ilegal em sua residência.
A Polícia Civil pede que a população colabore com informações sobre o paradeiro de Wallace de Oliveira da Silva, que continua foragido. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 181.
Já o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) informou que recebeu a notificação judicial sobre a suspensão do advogado e irá instaurar processo ético disciplinar para apurar o caso.
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos