Polícia

Policiais batem em coveiros que riram durante enterro de colega

Os funcionários do cemitério trabalharam fazendo a limpeza de alguns túmulos quando resolveram parar para ver o cortejo do agente penitenciário

Policiais batem em coveiros que riram durante enterro de colega Policiais batem em coveiros que riram durante enterro de colega Policiais batem em coveiros que riram durante enterro de colega Policiais batem em coveiros que riram durante enterro de colega
Wesley foi executado ao chegar em presídio no norte de Minas Foto: Reprodução Facebook

Uma confusão marcou o enterro de um agente penitenciário em Montes Claros, no norte de Minas Gerais. De acordo com testemunhas, tudo teve início após funcionários do cemitério começarem a rir durante o enterro.

Quem estava na cerimônia contou que foi neste momento que policiais amigos do agente penitenciário começaram a agredir os trabalhadores. As vítimas são primos e trabalham informalmente no local. Eles alegaram que estavam fazendo a limpeza de alguns túmulos quando o cortejo chegou e eles pararam para acompanhar. 

No momento em que eles pararam, um policial teria iniciado uma discussão com um deles e, em seguida, começou a agredi-los. “Ele falou para a gente sair e quando estávamos quase saindo ele veio correndo, pegou a gente e bateu”, afirmou um dos agredidos.

Ainda segundo as testemunhas, uma mulher teria tentado gravar um vídeo para registrar a agressão, mas foi ameaçada pelo policial. Ela relatou que ele teria sacado uma arma para intimidar as outras pessoas presentes no enterro. “Quando tentamos fazer o vídeo, eles apontaram a arma para todo mundo”, contou.

A Polícia Militar informou que os dois policiais que estavam no cemitério apenas protegeram os rapazes para que eles não fossem linchados. Além disso, a corporação informou também que um militar também ficou ferido. Já a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que não irá se pronunciar e que, até o momento, ninguém registrou queixa de abuso de autoridade.

Wesley Fabrício Ribeiro, de 25 anos, trabalhava no Presídio Regional de Montes Claros e foi morto quando estava próximo do trabalho. Ele foi atingido por dois tiros, sendo um deles na cabeça. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime e a Polícia Civil está investigando o caso.

Com informações do R7