Polícia

Presença de adolescentes no mundo do crime preocupa forças de segurança na Grande Vitória

De acordo com as autoridades policiais, esses adolescentes iniciam a vida do crime por meio do tráfico de drogas

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Foto: Reprodução / TV Vitória

A presença de adolescentes no mundo do crime tem sido cada vez mais recorrente no Espírito Santo. Geralmente iniciados na criminalidade através do tráfico de drogas, esses adolescentes podem chegar até o status de ‘gerente’, chegando a dar ordens e amedrontar a população.

De acordo com dados do governo do Estado, até o final do setembro deste ano, 894 adolescentes deram entrada no sistema socioeducativo capixaba. Cerca de um terço desses jovens chegam até à internação após o envolvimento com o tráfico de drogas.

Com mais de 35 anos de carreira, o delegado André Landeira explica que a raiz do incentivo para esses adolescentes está no sentimento de impunidade e no fato de existirem regiões que são dominadas pela criminalidade

Ainda segundo o delegado, os adolescentes sentem-se atraído pelo poder ostentado por esses criminosos atuantes em comunidades carentes. “Aquele adolescente cresce ali vendo o traficante naquela comunidade com poder, dinheiro, com um respeito que é imposto pelo medo, então aquilo para ele é um exemplo”, explicou.

Recentemente um adolescente suspeito de envolvimento com tráfico de drogas foi apreendido. De acordo com a Guarda Municipal de Vila Velha, o adolescente de 17 anos costumava impor poder na região e demonstrava violência em uma região conhecida como “Favelinha do Ibes”. 

A apreensão aconteceu durante um patrulhamento de rotina na rua Cruzeiro do Sul, no Ibes, em Vila Velha, e de acordo com os agente, havia um mandado de busca em nome do jovem. O adolescente era conhecido pelos atos de crueldade que demonstrava na região. 

Em outubro, a polícia realizou a apreensão de quatro suspeitos de trocar tiros com a Polícia Militar no bairro Santo Antônio, na Serra. Um dos suspeitos tinha 17 anos e na época ele chegou a fazer gestos obscenos contra a equipe de jornalismo.

Para o delegado, a única forma de mudar esse cenário e, consequentemente, o ruma da vida desses adolescentes, está na ação governamental. “O governo tem que estar presente dentro das comunidades e não é com polícia. A polícia tem que ser a última a entrar em uma comunidade e só quando for pedida pela população”, disse.

* Com informações do repórter Paulo Rogério, da TV Vitória/Record TV