O suspeito de matar o médico Aloísio Vieira Silva na madrugada do último domingo (26), já é conhecido da polícia e tem passagem pelo crime de estelionato. A informação foi confirmada durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (27).
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O caso aconteceu no município de Montanha, região Norte do Espírito Santo e a vítima foi encontrada morta com sinais de violência dentro de seu apartamento, localizado no centro da cidade.
Após matar o médico a facadas, o suspeito de cometer o crime também roubou o carro e outros pertences da vítima, como notebook e um celular.
De acordo com o titular da Delegacia de Montanha, delegado Eduardo Mota, além da passagem pelo crime de estelionato, o suspeito já era conhecido pela polícia na região Norte.
“A equipe de deslocou de Montanha, com o apoio da equipe de Pinheiros e encontraram um pessoal de Conceição da Barra, porque eles já conheciam o suspeito e tinham possíveis endereços dele e as residências tanto urbana, quanto na zona rural, uma vez que ele já tinha sido alvo de outra operação”, afirmou.
Suspeito usou carro da vítima para ostentar nas redes sociais
Após o crime brutal, o suspeito preso pela morte de Aloísio chegou a ostentar nas redes sociais a bordo do carro do médico assassinado a facadas antes de ser preso na comunidade de Cobraice, em Conceição da Barra.
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Suspeito tinha a intenção de roubar a vítima
Os investigadores acreditam que o suspeito tinha a intenção de roubar a vítima. Segundo o delegado, além de detalhar o assassinato durante o depoimento, Carlos Magno apresentou sinais suspeitos ao entrar no prédio da vítima.
“Ao que tudo indica, ele já tinha a intenção de matar. Ele chega no prédio se escondendo das câmera e, nisso, já percebemos uma má intensão. Ele disse que tinha a intensão de subtrair pertences da vítima. Não houve briga, tanto que a vizinha viu o carro da vítima saindo durante a madrugada, mas não ouviu nenhum barulho. Ele contou que teria esganado a vítima e depois a esfaqueado”, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o suspeito alegou que a vítima trouxe ele de Conceição da Barra para Montanha, mas para não chegarem juntos no imóvel, ele (o médico) tinha deixado o suspeito na porta de trás, seguiu para a residência e, minutos depois, entrou sozinho.
“Ele confessou o crime e, inclusive, indicou o local onde estava todo o material que ele havia levado da vítima. Dinheiro estava com ele, carteira estava com ele, carro estava com ele, mas o celular, o notebook e outras coisas ele tinha escondido e indicou aos policiais o material.”
Suspeito foi encontrado pela polícia dentro de bar
Carlos Magno Santos Santana foi preso numa ação conjunta da Polícia Militar e Civil, cerca de oito horas após o crime. Ao ser detido, disse que matou o médico com uma faca após ter marcado um encontro com ele pelo Tinder.
A polícia chegou até o graças a uma denúncia anônima, que apontou para Carlos Magno, que além de já ter sido visto dias antes em Montanha, estaria ostentando nas redes sociais com o carro da vítima, um Chevrolet Onix, placa PRP1H57.
Com essa informação, equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil analisaram imagens de câmeras de videomonitoramento e investigaram a localização de Carlos Magno por meio das ferramentas disponíveis.
Os policiais fizeram buscas e encontraram Carlos Magno dentro de um bar. Durante a busca pessoal, foram encontradas a carteira da vítima, com documentos e cartões, bem como as chaves do veículo roubado, que estava estacionado junto à praça.
Carlos Magno foi autuado pelo crime de latrocínio
Segundo o Sistema Integrado de Inteligência da Segurança Pública do Espírito Santo (Sisp-ES), o suspeito tem histórico criminal por tráfico de drogas, estelionato, furto e roubo.
O corpo do médico foi liberado por parentes no Serviço Médico Legal (SML) de Linhares. O sepultamento foi realizado na manhã desta segunda-feira (26), em Lajedão (BA), terra natal de Aloísio Vieira Silva.
Carlos Magno foi autuado em flagrante por latrocínio, ou seja, por roubo seguido de morte. A polícia aguarda o resultado de laudos para dar andamento ao inquérito. O caso seguirá em investigação. O suspeito foi levado para o presídio.
