A Polícia Civil prendeu um dos suspeitos envolvidos no ataque a facadas dentro de um ônibus do Transcol, registrado em junho deste ano, em Jardim Limoeiro, na Serra. As imagens, mostram dois homens armados com facas anunciando um assalto e, em seguida, correndo atrás de um mecânico que desceu do coletivo sem perceber a ação criminosa.

O trabalhador foi esfaqueado mais de seis vezes, sofreu ferimentos graves e ficou internado na UTI por cinco dias.

O preso foi identificado como Alexander Leite Coelho, de 46 anos. Já o segundo envolvido, Adalberto Ferreira dos Santos, de 26 anos, continua foragido. Câmeras de reconhecimento facial ajudaram a polícia na investigação.

Segundo a Polícia Civil, a dupla embarcou no Terminal de Carapina e anunciou o assalto já dentro do veículo. Eles roubaram ao menos cinco passageiros. Uma testemunha, que não quis se identificar, relatou a brutalidade do ataque após o mecânico descer do ônibus.

Ele deu sinal no ônibus, abriu a porta… a hora que ele desceu, botou o pé na escada, ele simplesmente puxou ele. E nisso já tinha esfaqueado mais duas mulheres.

Testemunha

Logo depois, as câmeras mostram os criminosos correndo atrás da vítima. Adalberto desfere ao menos seis golpes, atingindo o pescoço e as costas do trabalhador.

O delegado Gabriel Monteiro que está na investigação do caso, destacou a extrema violência dos suspeitos para roubar um aparelho telefone, segundo ele, os golpes foram para tentar tirar a vida da vítima.

Essa ação demonstrou uma crueldade muito grande. Por causa de um celular, a vítima quase veio a óbito. Ficou internada na UTI por mais de cinco dias.

Gabriel Monteiro, delegado

Após meses de buscas, os investigadores localizaram Alexander na casa da mãe, em Serra Dourada. Durante a abordagem, ele resistiu à prisão e precisou ser contido.

“Montamos uma operação no dia 4 de novembro. O Alexander foi preso na casa da mãe, resistiu, e a polícia precisou usar meios moderados de força. O outro, Adalberto, segue foragido”, completou Monteiro.

Reconhecimento facial ajudou a identificar os criminosos

A dupla foi identificada com o auxílio de tecnologia de reconhecimento facial. Segundo a Polícia Civil, a ferramenta foi fundamental para dar andamento à investigação.

O delegado-chefe José Darcy Arruda explicou como o sistema ajudou a polícia a chegar aos suspeitos:

Com uma boa imagem, inserimos no sistema, que busca em todos os bancos de dados em frações de segundo e nos traz a identificação. A partir disso, começamos a trabalhar para pedir as prisões. Conseguimos prender um, e o outro ainda está foragido.

Darcy Arruda, delegado-chefe

*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.