Polícia

Presos após rompimento de barragem em MG pedem habeas corpus no STJ

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou habeas corpus para os cinco no sábado, 2

Presos após rompimento de barragem em MG pedem habeas corpus no STJ Presos após rompimento de barragem em MG pedem habeas corpus no STJ Presos após rompimento de barragem em MG pedem habeas corpus no STJ Presos após rompimento de barragem em MG pedem habeas corpus no STJ

Advogados dos três funcionários da Vale e dos dois da empresa alemã Tüv Süd ligados aos atestados de segurança da barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, entraram nesta segunda-feira com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os cinco estão presos desde o dia 29 de janeiro no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Minas, cumprindo uma prisão temporária de 30 dias.

O dois funcionários da Tüv Süd, os engenheiros André Jun Yassuda e Makoto Namba, são defendidos pelo criminalista Augusto de Arruda Botelho. No pedido, segundo o advogado, ele sustenta que as prisões não tinham justificativa adequada, uma vez que foram pedidas com base na informação de que havia laudos atestando a segurança da barragem.

“O que o Ministério Público fez foi pegar uma folha padrão, com uma assinatura, e apresentar como o atestado de segurança. O que não fez foi a análise do trabalho prévio. Um dos laudos tem 300 páginas. Outro, mais de 100. E Há umas série de recomendações, de equipamentos a serem trocados, por exemplo, que não impediam a certificação da barragem”, diz o defensor, ao citar que os engenheiros não tinham como saber se a Vale estava seguindo todas a recomendações feitas na época em que a barragem teve a segurança certificada.

Botelho afirma que os dois detidos foram interrogados até a última sexta-feira e que colaboraram com os investigadores fornecendo todas as informações técnicas que dispunham. Agora, aguardam a decisão judicial.

Já os três funcionários da Vale, César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, são defendidos pelo escritório mineiro Ariosvaldo Campos Pires. O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu localizar seus representantes.

Ambos os pedidos têm como relator o ministro Nefi Cordeiro estão prontos para a análise do magistrado desde as 18 horas desta segunda-feira.