Um homem foi preso pela Polícia Federal em Guarapari, na quinta-feira (9), suspeito de integrar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e digitais milionárias contra a Caixa Econômica Federal.
De acordo com a corporação, o preso, que não teve o nome divulgado, seria o principal alvo da operação, que também foi realizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Goiás.
Além do homem preso em Guarapari, outras três pessoas foram detidas durante a ação batizada como Seleta. Todos os presos estavam com mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. Um suspeito segue foragido.
Funcionário de banco é suspenso
As equipes da Polícia Federal cumpriram também nove mandados de busca e apreensão e um funcionário do banco foi afastado por conta de uma medida de suspensão do exercício de função pública.
A Justiça ainda determinou medidas patrimoniais de sequestro e bloqueio de bens, com indisponibilidade de valores até o limite de R$ 5.526.116,64, e bloqueio de imóvel situado em Meaípe, na cidade de Guarapari, por meio do Cadastro Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB).
Foram apreendidos dois veículos, aparelhos celulares e um notebook, que
serão encaminhados ao Setor Técnico-Científico (SETEC) da Polícia Federal para análise
pericial.
Como grupo cometia as fraudes bancárias
Segundo a Polícia Federal, o esquema do grupo criminoso para cometer as fraudes bancárias era estruturado combinando as seguintes formas:
- Obtenção e uso de dados de terceiros para compras on-line e pagamentos via links/maquinetas;
- Alterações indevidas de credenciais para viabilizar saques e movimentações em contas sociais digitais;
- Utilização de empresas e contas de passagem para ocultar e dissimular a origem dos recursos.
Preso em Guarapari movimentou R$ 5,6 milhões
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o homem preso em Guarapari movimentou, a crédito, cerca de R$ 5,6 milhões em um período de 28 meses em contas próprias e da companheira dele.
“A partir dele, foram identificados outros oito integrantes, alguns atuando diretamente na execução das fraudes e outros compondo rede de apoio responsável por fornecer dados cadastrais e informações bancárias das vítimas”, informou a corporação.
A PF informa que as investigações continuam para identificar o valor total de prejuízo causado pelo grupo e outros suspeitos de integrar essa organização.
Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato majorado, uso de documento falso, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em nota, a Caixa informou que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes.
“O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas”, disse.
A instituição ressaltou que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos. Além disso, afirma que possui estratégias, políticas e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes.