Um professor de artes marciais, de 33 anos, foi preso na última quinta-feira (11), suspeito de armazenar substâncias anabolizantes em um laboratório em Vila Velha. Kinderman Oliveira Novaes já tinha passagem pela polícia pelo mesmo crime.
As principais substâncias apreendidas com o suspeito foram: um veículo, oito celulares, um notebook, um agitador magnético com aquecimento (para misturar os produtos), 48 frascos de uma substância que aparenta ser estanozolol, 13 frascos de dianabol, 90 frascos com um líquido amarelo sem rótulo, 100 frascos também sem rótulos e uma caixa com vários medicamentos.
Leia também
O chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, disse em coletiva nesta segunda-feira (15) que a investigação teve início através de uma informação via plataforma de comércio eletrônico.
A plataforma de vendas informou que um usuário estaria realizando compras de substâncias que levavam a crer que ele estava produzindo anabolizantes. A Polícia Civil, então, começou a investigação e identificou o endereço do suspeito no centro de Vila Velha.
Os policiais foram até o local com um mandado de busca e apreensão e encontraram o pai do professor de artes marciais, que informou que há cerca de um ano recebia, três vezes na semana, encomendas via plataforma online ou Correios.
O suspeito buscava as mercadorias no local e levava até sua residência, no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha.
Na casa do pai havia uma encomenda ainda não recolhida, onde constavam ampolas e tampas. Assim, os policiais foram até a casa do suspeito.
Veja imagens dos produtos apreendidos:
Laboratório na residência
O professor de artes marciais ofereceu resistência à ação da polícia, impedindo que os policiais fossem até o segundo andar da casa, onde estava o laboratório. Ele chegou até a ameaçar fazer uma live nas redes sociais para mostrar a operação da polícia.
O homem foi preso em flagrante por armazenamento de substâncias, já que no momento da ação, o suspeito não estava produzindo nenhum anabolizante.
Além disso, ele foi preso por periclitação à vida (risco iminente à vida) e por resistência em ação policial. O homem passou por uma audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva.
O suspeito declarou, informalmente para a polícia, que era apenas um intermediário e que enviava as substâncias para uma mulher em São Paulo. Porém, ele não quis colocar essa informação como depoimento, por isso, a polícia reconsidera essa informação.
Apesar de não declarar ter nenhuma profissão, o próprio pai informou que ele dava aulas de luta em uma academia.
De acordo com a Polícia Civil, Kinderman tem passagem na polícia, em 2023, pela Lei Maria da Penha, e em 2021, quando foi preso em uma agência de Correios por receber substâncias anabolizantes. Após ser preso, em 2021, foi colocado em liberdade e um processo, que ainda não foi julgado, corre na Justiça Criminal de Vila Velha.
Veja vídeo da prisão do suspeito:
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos
Estagiária
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e estagiária do Jornal Folha Vitória.
