Polícia

Professor é preso por abusar de duas crianças em escola de Vila Velha

Os abusos foram descobertos após os pais de uma das vítimas procurarem a Polícia Civil para realizar um boletim de ocorrência

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Reprodução/PCES
Reprodução/PCES

Um professor de música, de 37 anos, que dava aulas para crianças em uma escola particular na Praia da Costa, em Vila Velha, foi preso por abusar sexualmente de duas alunas. Ele foi demitido logo após a descoberta do crime.

Os abusos foram descobertos após os pais de uma das vítimas procurarem a Polícia Civil para realizar um boletim de ocorrência. A menina, de 8 anos, contou o que havia acontecido e segundo policiais, se sentia culpada pelo ocorrido.

Os crimes ocorreram no último dia de aula das vítimas, antes das férias. O suspeito teria tentado ir para um ponto cego da câmera que estava na sala de aula, mas acabou flagrado.

Abuso inequívoco, diz delegado

O delegado Glalber da Costa Cypreste Queiroz, adjunto da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), relatou que o suspeito esperava estar sozinho com as crianças para cometer os abusos.

As meninas estavam fantasiadas para o último dia de aula, sendo que a primeira vítima estava com um maiô. O suspeito teria tocado suas partes íntimas com as mãos por debaixo da peça de roupa.

Veja o que disse o delegado:

“Ele se aproveitava do momento em que estava sozinho com as crianças, tanto que as imagens dos abusos mostram ele dentro da sala com as crianças e é ali que ele perpetra esses abusos”, disse.

Ainda segundo o delegado, uma segunda menor, que foi abusada, estaria deitada sobre o colo em uma carteira e o homem usou a boca para cometer os abusos.

“Dá para perceber que ele posiciona a cadeira de uma forma que ficasse no ponto cego da câmera. A imagem que pega ele, ele é visto no canto inferior direito, por meio das mãos que ele utilizava para abusar das crianças. Logo depois, uma segunda criança se aproxima e ele utiliza a boca. Não é conduta de um professor”, complementou.

Suspeito confessou os crimes

Segundo o delegado, ao ser ouvida, a vítima deu detalhes de como os abusos teriam ocorrido e quando.

Funcionários da escola que também foram ouvidos relataram que se incomodavam com o comportamento do professor junto aos alunos, que abraçava os menores. Eles teriam relatado que pediram ao suspeito que parasse.

Ao ser ouvido, o suspeito confirmou os crimes, mas relatou aos policiais que não os considerava abusos sexuais.

“Olha o perigo, ele disse que não via os crimes como abusos sexuais, ele dizia que tocar nas partes íntimas das alunas era carinho”, afirmou.

Além dos boletins de ocorrência das duas primeiras vítimas, um terceiro deve ser confeccionado nesta sexta-feira, 1º de agosto.

“Vítima extremamente abalada”, diz advogado

Willian Bulhões, advogado da família da primeira vítima que denunciou os abusos, afirmou que a criança e seus familiares seguem abalados após o crime.

“A vítima, a família, estão muito abaladas com essa situação. A criança ainda está tentando entender o que aconteceu, em tratamento com um psicólogo para compreender que ela foi vítima dessa crueldade”, disse.

A reportagem busca localizar a defesa do professor e o espaço segue aberto para manifestação.

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.