Polícia

Professor preso por suspeita de estuprar alunas dava aulas de Religião

O docente esteve à frente da disciplina de Ensino Religioso até maio de 2019 em Vila Velha, após ter o contrato rescindido em decorrência de acusação de assédio

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Foto: Divulgação/Sesp

O professor de 44 anos, preso suspeito de estuprar 21 alunas de escolas públicas nos municípios de Vila Velha e Cariacica, era professor de Ensino Religioso na rede municipal de Vila Velha.

De acordo com o delegado Leonardo Vanaz, adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o homem lecionou na rede municipal do município entre os anos de 2014 e 2019, e que já havia sido alvo de reclamações nas escolas da cidade.

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“Após a denúncia dos casos ocorridos nas escolas de Cariacica, nós averiguamos que ele foi professor no município de Vila Velha entre os anos de 2014 e 2019, e que durante esse período havia diversas reclamações de alunas e de pais de alunas a respeito da conduta dele”, disse o delegado Leonardo Vanaz.

Segundo a Prefeitura de Vila Velha, o professor esteve à frente da disciplina de Ensino Religioso até maio de 2019, após ter o contrato rescindido em decorrência de acusação de assédio.

“O professor, que lecionava a disciplina de Ensino Religioso, teve contrato rescindido pela Secretaria de Educação de Vila Velha em maio de 2019, em decorrência de acusação de assédio. Após medidas internas e solicitação de ordem de restrição, o profissional ficou impedido de retornar à rede municipal de ensino”, diz a nota enviada pela Prefeitura de Vila Velha.

A prisão do professor aconteceu no dia 10 de novembro. A investigação pelo crime de estupro de vulnerável começou após as denúncias de cinco alunas, que procuraram a delegacia e, ao lado dos responsáveis, comunicaram a violência.

As vítimas já foram identificadas e têm idades entre 9 e 16 anos. Após os depoimentos das estudantes, a Polícia Civil passou a investigar o caso.

Professor foi demitido em Cariacica

Após as acusações contra o professor, que dava aulas em uma escola municipal de Cariacica, a Secretaria de Educação do município informou que ele foi demitido, tendo a demissão sido publicada no Diário Oficial do município no último dia 12.

A secretaria declarou que ele havia sido afastado imediatamente após tomarem conhecimento sobre o ocorrido. Além disso, ele está proibido de assumir qualquer cargo público por oito anos.

A Secretaria Estadual de Educação (Sedu) informou que o professor suspeito de estupro atuou na rede estadual de ensino como DT em Vila Velha até o ano de 2021.

Professor contraria alunas

O professor foi preso no município de Vila Velha e não confessou os crimes. Em depoimento, ele alegou que as vítimas estariam “confundindo as coisas”.

Segundo o delegado Leonardo Vanaz, as investigações continuam e novas vítimas devem procurar a Delegacia Especializada de Proteção a Criança e o Adolescente.

Até o momento, a polícia conseguiu encontrar 21 vítimas, sendo que sete eram de Cariacica e 14 de Vila Velha.

Os delegados orientam que qualquer mudança no comportamento de crianças e adolescentes deve ser notada e acompanhada pelos responsáveis.

“Eu quero dizer a toda a população, a diretores de escolas, a pais, que observem o comportamento dos seus filhos, conversem com seus filhos, percebam se eles estão muito calados, se eles estão introvertidos, porque escola é um local de segurança, não pode acontecer isso. E também aos diretores desses educandários, que ao perceberem também comportamentos de professores ou qualquer outra pessoa dentro da escola que possa possibilitar esse tipo de crime, que comuniquem a DPCA. Nós não vamos permitir que essas pessoas continuem abusando de nossas crianças”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.

*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos

Lucas Gaviorno, estagiário do Folha Vitória
Lucas Gaviorno *

Estagiário

Estagiário do Folha Vitória, graduando em Jornalismo, pela Faesa, e em Letras, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)

Estagiário do Folha Vitória, graduando em Jornalismo, pela Faesa, e em Letras, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)