Quatro homens foram presos em flagrante na Grande Vitória, nesta quinta-feira (17), suspeitos de armazenar imagens pornográficas com crianças e adolescentes em seus computadores e celulares. Segundo a polícia, eles também participavam de uma rede de trocas e compartilhamentos dessas imagens.
“O que mais chama a atenção é a diversidade de arquivos pornográficos. São cenas fortes, são arquivos extremamente prejudiciais e que demonstram a crueldade do ser humano no trato com crianças”, destacou o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Lorenzo Pazolini.
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Um dos detidos é o porteiro Humberto Luiz dos Santos, de 53 anos. Ele afirmou, em depoimento, que pratica os crimes há cerca de um ano. Segundo a polícia, o último vídeo foi baixado por ele na madrugada desta quinta-feira.
Também foi preso o aposentado José Carlos Duarte de Souza, de 68 anos. De acordo com Lorenzo Pazolini, o suspeito confessou a prática desde 2008 e foi flagrado baixando vídeos.
Outro suspeito é o publicitário Marco Antônio dos Santos, de 47 anos, que, segundo a polícia, armazenava o material pornográfico na empresa dele. Ele afirmou, em depoimento, que já pagou por vídeos e fotos com menores.
Já o técnico de prótese dentária Sérgio Veronez, de 51 anos, confessou, em depoimento, praticar o crime há quatro anos, de acordo com a polícia.
Operação
As prisões fazem parte da Operação Luz na Infância II, deflagrada em todo o Brasil nesta quinta-feira. No Espírito Santo, a Polícia Civil cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em dez municípios, na Grande Vitória e no interior do Estado. As prisões foram realizadas em Vitória e Vila Velha.
“Tivemos aproximadamente, em todo o país, 579 mandados de busca e apreensão e aproximadamente 212 prisões em flagrante. Todo aquele que tentar praticar essa conduta, com certeza nos encontrará pela frente”, afirmou o superintendente de polícia especializada, José Darcy Arruda.
De acordo com a Polícia Civil, os equipamentos eletrônicos dos quatro detidos foram periciados no momento da prisão. A perícia confirmou o download e o armazenamento das imagens criminosas.
Segundo o delegado, guardar e disponibilizar fotos e vídeos dessa natureza é crime e a pena pode chegar a dez anos de prisão.
“São pessoas, em tese, acima de qualquer suspeita. O pedófilo vive no submundo da sociedade, é uma pessoa oculta em toda a sociedade. São pessoas que têm ocupação lícita, uma carteira assinada ou são empresários, não têm antecedentes criminais, convivem bem com crianças e são extremamente sedutoras, ou seja, elas aparentam serem pessoas do bem, pessoas que, em tese, são amigas de todos e convivem muito bem. Mas, na verdade, são pedófilos e vivem escondidos na sociedade”, ressaltou Lorenzo Pazolini.
