Geovani de Andrade Bento, Tiago da Silva e Leandro Correia Ramos Barcelos, acusados de matar os irmãos Damião Marcos Reis, 22 anos, e Ruan Reis, 19 anos, em março de 2018, foram condenados pelos crimes de duplo homicídio qualificado. Combinadas, as penas somam 150 anos.
O assassinato ocorreu no Morro da Piedade, em Vitória. Os réus já estavam presos preventivamente e cumprirão a sentença em regime inicial fechado. Um quarto acusado, Renato Correia Ramos, foi absolvido, a pedido do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Veja as penas:
- Geovani Andrade Bento, o “Vaninho”: 50 anos
- Tiago da Silva, o “Tiago Floresta”: 50 anos
- Leandro Correia Ramos Barcelos: 50 anos
- Renato Correia Ramos: foi absolvido
A condenação ocorreu no terceiro julgamento do caso. Anteriormente, três pessoas foram condenadas a penas que, somadas, chegaram a 60 anos de prisão – 20 anos para cada acusado.
O segundo julgamento ocorreu em agosto de 2024 e condenou o réu Flávio Sampaio a detenção de 50 anos.
O que dizem as defesas?
A defesa de Geovani, feita por meio do advogado Doulgas de Jesus Luz, afirmou que recebe com muito respeito a decisão do conselho de sentença, porém, por não coadunar com os termos ali estabelecidos, manejaremos recurso próprio para impugnar a decisão.
“Isto porque, a fragilidade das provas utilizadas para a sua condenação é latente, o que pode ser confirmada pela não unanimidade dos votos dos jurados.
Sendo assim, nos manteremos firmes neste liame até a apreciação do respectivo recurso”.
A defesa de Leandro Correia, feita por meio do advogado Marcos Daniel Vasconcelos Coutinho, narra que a acusação que o ministério público faz em cima do leandro, ela acaba contrariando o depoimento das testemunhas que presenciaram o crime.
“O crime que está sendo julgado foi o homicídio dos dois irmãos e que as testemunhas que presenciaram o crime, dizem que foram quatro pessoas que pegaram e executaram esses irmãos. E o ministério público já obteve a condenação de quatro pessoas e insiste em querer condenar mais gente numa situação totalmente incompatível com o depoimento das próprias testemunhas.
A acusação que o Ministério Público faz em cima do Leandro, acaba contrariando o depoimento das testemunhas que presenciaram o crime e afirmam que ele foi praticado por quatro pessoas. Também contrariando os próprios pedidos do Ministério Público que já condenou quatro pessoas por esse crime.
Se quatro pessoas praticaram um crime, é uma grande injustiça querer condenar seis”.
Já a defesa de Renato Corria Ramos, feita por meio da advogada Paloma Maroto Gasiglia, descreve que tem convicção da inocência de Renato e que o corpo de jurados tinha a certeza que iriam absolvê-lo.
Relembre o caso
O crime ocorreu em 25 de março de 2018. Segundo testemunhas, o duplo homicídio ocorreu por volta da 1h, quando quatro homens armados, com coletes e toucas, invadiram o quintal da casa onde os irmãos moravam.
Após os homens chegarem no local, eles chamaram Ruan para conversar. Ao ver a abordagem, Damião pediu para não levarem o irmão. Foi nesse momento que os jovens foram surpreendidos com vários disparos.
Testemunhas relatam que mais de 50 tiros foram disparados contra os irmãos, que morreram no local.