O assassinato de dois comerciantes a tiros no interior da cidade de Atílio Vivácqua, na Região Sul do Espírito Santo, teria sido motivado, segundo a polícia, por uma transação comercial onde o autor dos disparos deixou de pagar R$ 240 mil para as vítimas.
A situação resultou na morte dos comerciantes Vitor Fernandes Gomes, de 36 anos, e Thony Ribeiro, de 39, durante a tarde de quarta-feira (21). O suspeito do crime foi preso na tarde de quinta-feira (22).
Após o crime, foi criada uma força-tarefa da Superintendência de Polícia Regional Sul (SPRS), entre as Delegacias de Polícia de Atílio Vivácqua e Castelo, Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim e Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) Sul.
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Comerciantes mortos: suspeito confessou crimes
Segundo o delegado da Delegacia de Polícia de Atílio Vivácqua, Estevão Oggione, após a prisão, durante entrevista, o homem confessou a autoria dos crimes. Ele solicitou uma conversa com um dos policiais.
A motivação do crime teria sido uma transação comercial em que o autor dos disparos teria deixado de pagar o valor de R$ 240 mil em um veículo que teria adquirido das vítimas, através de dois cheques que foram sustados.
Diante disso, como não foi realizado o pagamento do veículo, as vítimas se encontraram com o autor para tentar chegar em uma resolução. “Formalmente ele ficou em silêncio, não disse a versão dos fatos, mas ele efetuou os disparos na nuca das vítimas”.
Além do mandado de prisão temporária, o suspeito foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido na modalidade ocultação. Ele foi encaminhado ao sistema prisional.
Relembre o caso
Os comerciantes foram assassinados a tiros em uma estrada localizada no interior da cidade na tarde de 21 de maio.
Uma testemunha relatou à Polícia Militar que estava passando pela estrada de São Pedro, quando viu uma caminhonete batida em uma cerca. Havia fumaça saindo do veículo.
Ao se aproximar do veículo, a pessoa disse que ouviu gemidos e encontrou Thony ainda vivo sentado no banco do carona.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e conseguiu prestar socorro a Thony. Ele foi levado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Já o corpo de Vitor, que seria o motorista do automóvel, estava caído no banco de trás com a perna por cima do banco do motorista. Quando a polícia chegou, Thony já havia sido socorrido e Vitor estava morto ao lado da caminhonete.
